A estreia da Cadillac na Fórmula 1 em 2026 ainda está distante, mas a equipe norte-americana já movimenta bastidores e prepara sua estrutura para o desafio de competir com as equipes mais experientes do grid. Ainda assim, o chefe do time, Graeme Lowdon, deixou claro que a expectativa realista para o primeiro ano, é começar do fim da tabela e que qualquer resultado diferente disso causará incômodo nos concorrentes.
“Se você é dono de uma equipe de F1 há dez anos e outra aparece e te vence logo de cara, você ficaria apoplético, muito irritado”, afirmou Lowdon a jornalistas. “Por isso, temos que assumir que qualquer time novo vai começar em último, ou algo deu errado em outro lugar.”
Lowdon, que assumiu o cargo de chefe de equipe após atuar como consultor no processo de entrada da Cadillac na F1, foi um dos responsáveis por orientar Michael Andretti desde o início da proposta. Ele destacou que convenceu Andretti a começar a montar o time mesmo antes da aprovação oficial por parte da FIA e da categoria, dado o risco de atraso. A aposta acabou se mostrando acertada, já que o projeto acabou sendo aprovado em março deste ano.
“Eu nunca duvidei que seríamos aceitos. Ficava frustrado com o tempo que estava levando, mas nunca achei que não aconteceria. Caso contrário, eu estaria em uma praia, e não aqui”, brincou.
A estrutura do time será descentralizada. Além da sede técnica que está sendo montada em Silverstone, ao lado da Aston Martin, a Cadillac também conta com unidades em Indiana, North Charlotte e Michigan, nos Estados Unidos. O desenvolvimento aerodinâmico será apoiado pelo uso do túnel de vento da Toyota em Colônia, na Alemanha.
Para Lowdon, os prazos curtos são um dos principais desafios. “Os cronogramas são extremamente apertados. Vemos os números, estamos satisfeitos com o progresso, mas não temos ideia de onde estaremos no grid. Só sabemos que, se vencermos alguém, esse alguém vai ficar muito bravo”, finalizou.
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