A Alpine enfrentou um final de semana difícil no GP do México de Fórmula 1, com diversos problemas técnicos que afetaram significativamente o desempenho de Pierre Gasly e Franco Colapinto. Ambos terminaram a corrida nas últimas posições dos pilotos classificados, com Gasly finalizando em P15 e Colapinto em P16, a 37 segundos de Lance Stroll, da Aston Martin, que terminou à sua frente.
O principal desafio no circuito de Autódromo Hermanos Rodríguez é a altitude extrema da Cidade do México, o que reduz a densidade do ar em cerca de 30%. Isso impacta diretamente a aerodinâmica e o resfriamento dos carros, sendo um fator crítico no desempenho. A baixa densidade do ar diminui a carga aerodinâmica, reduzindo a eficiência de resfriamento dos sistemas, especialmente nos freios e motor.
A Alpine enfrentou dificuldades adicionais devido ao resfriamento ineficaz dos freios, o que provocou o aumento da temperatura dos pneus e acelerou sua degradação ao longo da corrida, o que comprometeu ainda mais o desempenho.
Fora esses problemas com o resfriamento, a unidade de potência do A525 também foi um ponto fraco para a Alpine. O carro ficou visivelmente abaixo da concorrência em termos de aceleração, perdendo terreno especialmente nos primeiros metros da reta principal do circuito mexicano, uma fraqueza evidenciada pelo longo trecho de alta velocidade.
Outro fator importante foi a filosofia de design do carro. O A525 é projetado para gerar grande downforce, mas em altitude elevada, onde a densidade do ar é reduzida, esse ponto forte da Alpine se transformou em uma limitação, já que não foi possível aproveitar sua vantagem aerodinâmica.
Combinando esses problemas, desde a má gestão do resfriamento, até um conceito de chassis não ideal para as características do circuito e uma unidade de potência inferior, a Alpine teve um fim de semana muito complicado no México, enfrentando sérios desafios em termos de desempenho e competitividade.
GP de São Paulo