Oliver Bearman apontou uma falha “injusta” nas regras em relação ao uso dos coletes de resfriamento. A peça será obrigatória a partir de 2026 e deve aparecer novamente no GP de Miami, já que a previsão é de altas temperaturas durante o fim de semana. Atualmente, as equipes que optam por não utilizar o colete precisam adicionar um lastro de 5kg em seus carros.
“Sei que alguns times conseguem usá-lo normalmente, não sei como”, disse Bearman à imprensa, confirmando que a Haas não está utilizando o colete. “Alguns times podem, outros não. Claro, eles têm margem de peso para isso. Mas se nunca vão declarar que está quente o suficiente para ser obrigatório, apenas metade das equipes terá o benefício, o que parece um pouco injusto”
Bearman também tocou na questão do design do colete, alvo de reclamações de Esteban Ocon, seu companheiro de equipe na Haas. “Eles mudaram um pouco o design. Antes, a saída dos tubos ficava numa posição que impedia o piloto de entrar no carro. Agora, foi deslocada para o meio do corpo, então é possível sentar.”
George Russell, da Mercedes, também sugeriu melhorias. “Ainda não é perfeito, mas é uma melhoria. Cada cockpit tem temperaturas diferentes; o nosso já chegou a 60°C. O limite de risco térmico é 31°C, mas com o sol e o calor interno, é como uma sauna. Ainda não conversamos coletivamente sobre isso.”
“Nem todos querem usá-lo, e talvez deva ser escolha do piloto, como jogadores de futebol que decidem usar luvas ou mangas curtas. Talvez o limite deva ser reduzido, já que em Bahrein e Arábia Saudita fez muito calor e não atingimos o critério”, disse o britânico, que é presidente da GPDA (associação de pilotos).