Fiscal que cruzou a pista “reagiu por instinto”, diz Masi

O fiscal que atravessou a pista durante o Grande Prêmio do Bahrein, o fez sem a permissão do controle da corrida, confirmou o diretor de corridas da F1, Michael Masi.

Lando Norris viu o fiscal, que carregava um extintor, cruzando a pista na saída da curva 10. Ele se dirigia ao carro da Racing Point de Sergio Perez, que havia parado com um incêndio no motor.

“Tem um ‘porra’ de um cara correndo pela pista”, exclamou Norris em seu rádio.

“Era a última coisa que eu esperava”, disse Norris à mídia após a corrida. “O cara não olhou para a esquerda e para a direita dos dois lados antes de cruzar a pista.”

“Eu estava indo devagar porque estava em bandeira amarela, não havia sentido em arriscar nada. Não era o cara mais visível, porque naquele ponto, eu estou olhando para o céu, ele estava vestindo quase todo de preto ou azul escuro e não era tão fácil de ver. Tudo que eu meio que vi foi um extintor de relance.”

Os fiscais de pista são proibidos de cruzar a pista. Masi sugeriu que o fiscal pode ter feito isso em parte como resposta ao grave incêndio que ocorreu no início da corrida, quando Romain Grosjean bateu muito forte e seu carro explodiu.

“Claro, houve outro incêndio com o carro de Sergio Perez e um fiscal reagiu por instinto, sem qualquer instrução e apenas viu o fogo”, disse Masi. “E eu teria dito, principalmente nas circunstâncias do que aconteceu antes, que a prioridade era apagar o fogo.”

No entanto, ele enfatizou que todos os fiscaiss serão lembrados da necessidade de não cruzar a pista.

“Os fiscais têm uma instrução muito clara”, disse ele. “Já falamos sobre isso imediatamente e vamos lembrar a todos que você não deve cruzar a pista.”

“Vamos reiterar isso novamente para a próxima semana”, acrescentou. “Eu acho que nas circunstâncias, é ótimo? Não, não é. Mas ele vê um incêndio e vai apagá-lo. Portanto, não acho que podemos criticar ninguém, por assim dizer, por querer apagar o fogo, principalmente depois do que vimos antes e da enormidade do incêndio.”

Um incidente semelhante e notório causou duas mortes durante o GP da África do Sul de 1977. O piloto Tom Pryce morreu juntamente com o fiscal Frikkie Jansen van Vuuren, que foi atingido pelo carro de Pryce quando cruzou a pista com um extintor nas mãos, durante a corrida no circuito de Kyalami.

 

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