Christian Horner, chefe da Red Bull, minimizou as expectativas de uma redução significativa no tamanho dos carros da Fórmula 1 para 2026.
Os pilotos têm apontado o aumento das dimensões dos carros como um obstáculo para corridas disputadas e ultrapassagens. Asas e assoalhos maiores melhoraram a performance aerodinâmica, mas também intensificaram o efeito negativo do ‘ar sujo’.
Pneus precisam lidar com velocidades de curva e peso dos carros cada vez maiores, já que o limite mínimo de massa subiu para 798 kg. Isso torna a borracha mais propensa a superaquecer, principalmente quando um carro segue o outro de perto.
Os carros atuais também estão 11% mais largos do que há oito anos, dificultando ultrapassagens em alguns circuitos, como Mônaco, sede da corrida do último fim de semana.
Apesar dos problemas, Horner acredita que as novas regras para 2026 não trarão mudanças drásticas. “Com o tamanho e peso que esses carros têm hoje, eles estão tão grandes que se pode argumentar que são inadequados para correr nessas ruas, pois mal cabem dois lado a lado”, disse ele em Mônaco. “Isso inevitavelmente vai causar problemas.”
Horner acredita que circuitos de rua como Mônaco, construídos dentro das limitações das ruas locais, devam se adaptar à F1, e não o contrário.
“Precisamos tornar os carros bem menores para 2026, o que não é uma possibilidade real. Ou, para ter uma corrida realmente emocionante aqui (Mônaco), deveríamos ao menos considerar a possibilidade de abrir algumas áreas que possam criar pelo menos uma oportunidade de ultrapassagem. O que seria necessário para alcançar isso?”, questionou.
“Acho que a F1 está ciente do problema, assim como os organizadores da corrida em Mônaco. Para proteger os próximos 70 anos do GP aqui, acho que obviamente precisa haver alguma evolução”, concluiu o chefe da Red Bull.