F1: Ferrari pode criar base na Inglaterra, deixando de operar exclusivamente na Itália

O ex-piloto e campeão na Fórmula 1 em 2016, Nico Rosberg, afirmou que a Ferrari pode estar prestes a romper uma tradição de 82 anos ao considerar a criação de uma base no Reino Unido, se aproximando do centro do ecossistema da categoria. A equipe italiana opera exclusivamente a partir de Maranello desde 1943, quando Enzo Ferrari transferiu as operações do time, anteriormente em Modena, também na Itália.

Durante participação no podcast da Sky Sports F1, Rosberg afirmou ter ouvido rumores de que a equipe italiana estuda abrir uma espécie de subsidiária na Inglaterra: “Ouvi algumas ideias circulando. Acredito que a Ferrari esteja explorando a possibilidade de abrir algo no Reino Unido, porque é onde está o ecossistema da F1”, disse o alemão.

Rosberg também comparou o funcionamento interno da Ferrari com o que vivenciou na Mercedes. Segundo ele, a estrutura mais enxuta dos times britânicos facilita a tomada de decisões: “Na Mercedes, sempre que Lewis (Hamilton) tinha uma questão, ele ia direto ao Toto (Wolff, chefe da equipe), que tomava a decisão na hora. Já na Ferrari, há tantos tomadores de decisão diferentes que até o próprio Lewis fica sem saber quem realmente decide”, acrescentou.

O ex-piloto também apontou que a cultura organizacional da Ferrari, por estar sediada na Itália, representa um desafio extra frente às equipes britânicas: “Dá para ver que o nível de excelência deles não se compara aos times ingleses, especialmente à Mercedes, em muitas áreas, desde o marketing até outros setores”, completou.

Atualmente, além da Ferrari, apenas a Racing Bulls opera a partir da Itália, em Faenza. A maioria das equipes da Fórmula 1, como Mercedes, McLaren, Aston Martin, Williams e Alpine, possui sedes no Reino Unido, o que favorece a logística, recrutamento técnico e parcerias industriais. A possível expansão da Ferrari, portanto, marcaria uma mudança significativa na filosofia da equipe mais tradicional da categoria.