Dois pilotos da McLaren chegam ao Autódromo de Interlagos brigando pelo título mundial de Fórmula 1, mas sofrem com a ameaça de um concorrente de outra equipe. O cenário da temporada de 2025 mostra isso com Lando Norris e Oscar Piastri batalhando ponto a ponto pelo título, sempre com a sombra de Max Verstappen. Mas essa situação ocorreu em 2007 com Lewis Hamilton e Fernando Alonso, então companheiros, e Kimi Raikkonen, da Ferrari.
O momento atual é semelhante ao de 18 anos atrás, mas guarda diferenças fundamentais. Em 2007, a Fórmula 1 tinha no então GP do Brasil a decisão da temporada, que foi marcada por brigas entre o espanhol, tarimbado pelo bicampeonato mundial pela Renault nos anos anteriores, e o inglês, uma joia formada pela McLaren desde a infância.
O problema para a equipe de Woking é que a Ferrari também se mostrou forte ao longo do ano com Raikkonen e Felipe Massa, tanto que terminou a temporada com mais vitórias (9 a 8). O campeonato chegou a Interlagos com Hamilton na liderança, com quatro pontos a mais que Alonso, e o finlandês da Ferrari em terceiro, sete pontos distantes. É válido dizer ainda que, naquele ano, a vitória oferecia 10 pontos, e apenas os oito melhores de cada GP pontuavam.
Interlagos viu uma corrida dominada por Massa, e que teve uma dobradinha da Ferrari com Raikkonen vencedor, seguido do brasileiro, situação que acabou com as possibilidades de Alonso. Hamilton, que largou em segundo, caiu para a oitava posição ainda na primeira volta, depois de travar os pneus ao tentar ultrapassar o companheiro de equipe no final da reta oposta. Depois, o piloto ainda ficaria lento na pista após apertar o botão de pit limit na reta oposta, cairia para o fim do grid para completar em sétimo, dando o título ao finlandês.
Desta vez, o agora GP de São Paulo não representa, pelo menos diretamente, um risco para a McLaren perder a liderança entre os pilotos. Seguindo as “papaya rules” e tendo na maior parte do tempo uma espécie de “pacto de não agressão”, Norris e Piastri aparecem 36 e 35 pontos à frente de Verstappen, respectivamente.
Mesmo com a Sprint, que mais uma vez será realizada no autódromo localizado na zona sul de São Paulo, o holandês da Red Bull pode descontar 33 pontos (25 da corrida e 8 da Sprint), o que não mudaria sua posição na tabela de classificação, mas o colocaria de vez na disputa pelo título. Além disso, restarão três etapas após a corrida no Brasil.
Vale lembrar ainda que Interlagos foi exatamente onde Verstappen deu o “xeque-mate” em Norris em 2024. Na ocasião, era o inglês quem vinha descontando a vantagem do holandês, chegando a vencer a Sprint de Interlagos após Piastri lhe dar passagem na linha de chegada. A atuação do piloto da Red Bull na corrida, porém, foi das mais fortes da carreira, e a vitória não definiu, mas abriu caminho definitivamente para a conquista no GP seguinte, em Las Vegas.
O GP de São Paulo será disputado no dia 9 de novembro, com acompanhamento em tempo real do F1MANIA.NET.
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