Fernando Alonso saiu em defesa do Grande Prêmio de Mônaco após criticarem o circuito mais tradicional da Fórmula 1.
A corrida nas ruas de Monte Carlo voltou a ser alvo de comentários negativos devido à falta de ultrapassagens. Quando questionado sobre o tema, Alonso lembrou que as limitações da pista são conhecidas há décadas e que fazem parte da essência de Mônaco.
“Mônaco sempre foi Mônaco, mas agora há muitas expectativas, muita mídia, muitas coisas na internet, nas redes sociais… muita coisa sendo gerada em torno da Fórmula 1”, afirmou. “Queremos ver o show, queremos ver ultrapassagens, queremos melhorar o esporte do nosso sofá; em casa, todo mundo tem ideias, essas coisas todas. Sempre fico um pouco surpreso com os comentários negativos sobre Mônaco na segunda-feira, mas não se preocupem, porque no ano que vem vamos voltar em Mônaco, e na quarta-feira estaremos empolgados de novo.”
O bicampeão ainda lembrou que o fator decisivo em Mônaco sempre foi o sábado e que há outros circuitos semelhantes nesse aspecto.
“Você joga todas as suas cartas no sábado — às vezes dá certo, às vezes não — mas há outros circuitos que também são assim. Essa é a natureza da Fórmula 1, mesmo com o grid tão competitivo hoje em dia. Há alguns anos, Max e a Red Bull ganharam quase todas as corridas. Isso também aconteceu com a McLaren nos anos 90, e isso é a Fórmula 1. Mas ainda é o esporte número um, e a gente continua abraçando ele como é,” comentou o espanhol.
Apesar disso, Alonso acredita que Mônaco não precisa ser “consertado”: “O Lance (Stroll) ultrapassou o Nico (Hulkenberg) na última volta, você vê uma ultrapassagem a cada três anos. Essa sempre foi a natureza de Mônaco. Mas existe esse discurso constante sobre como algo é ruim, em vez de falar sobre o que é bom — isso é Mônaco.”
O espanhol também comentou que, no passado, a reação dos pilotos a esse tipo de crítica seria bem diferente.
“Talvez haja algumas ideias que a gente possa discutir entre todos os envolvidos — pilotos, FIA, equipes — sobre Mônaco. Mas eu não acho que seja necessário mudar nada. Hoje há muito conteúdo sendo criado, e nós, pilotos, somos bonzinhos demais, então respondemos a todas as perguntas. Porque, se há 40 anos você perguntasse para o Senna ou para o Prost sobre Mônaco uma semana depois da corrida, eles seriam bem menos educados do que a gente é.”