Alexander Albon saiu em defesa das táticas utilizadas pela Williams durante o controverso GP de Mônaco, realizado no último domingo (25). A equipe britânica conseguiu somar três pontos na corrida, que foi marcada por um ritmo lento e estratégias questionáveis por parte de várias equipes.
Albon e seu companheiro de equipe, Carlos Sainz, ficaram presos atrás de Liam Lawson, da Racing Bulls, que reduziu propositalmente o ritmo para ajudar Isack Hadjar a completar suas paradas e ficar na zona de pontuação. Assim que Hadjar finalizou seus pit stops, a Williams replicou a mesma estratégia, com Sainz segurando o pelotão para que Albon pudesse fazer suas duas paradas sem perder posições.
O feito gerou reações, principalmente da Mercedes. James Vowles, chefe da Williams, e Toto Wolff, CEO da equipe alemã, chegaram a discutir publicamente. O vídeo dos dirigentes aos gritos no paddock de Mônaco viralizou nas redes sociais. Para Albon, a William fez o que foi necessário naquele instante.
“Não é assim que queremos correr. Sei que demos um mau espetáculo para todos e que deixamos alguns pilotos irritados no processo”, afirmou o tailandês à Sky Sports F1. “Foi apenas uma questão de aproveitar as características do circuito, o tamanho dos carros, e só. As duas paradas obrigatórias nos levaram a isso.”
“Não era como queríamos competir, mas quando a Racing Bulls começou com essa estratégia, ficamos numa posição em que tínhamos que fazer o mesmo. A única saída era seguir o que eles fizeram”, explicou. “No final, é um esporte de equipe, e maximizamos esses três pontos para o time.”
“Se fosse uma corrida com uma parada, faríamos isso. Se fossem duas, três ou quatro paradas, faríamos do mesmo jeito. Acho que valeu a pena tentar. Mesmo que tenha sido tão ruim quanto foi, virou um ponto de discussão, e a corrida acabou mais parecendo um pelotão do que uma disputa”, finalizou ele.
Sainz chegou a dizer que a corrida foi “manipulada” pelos pilotos, enquanto Lando Norris, vencedor da prova com a McLaren disse ter “odiado” o formato de duas paradas obrigatórias em Monte Carlo.