Mattia Binotto comentou sobre o supostamente ilegal motor da Ferrari de 2019. Ele próprio negou todas as acusações e afirmou que a Ferrari não infringiu os regulamentos, e que é lógico que as outras equipes nunca puderam ver o que se discutiu entre a FIA e a equipa italiana.
“A FIA nunca nos viu fazer nada ilegal, do contrário seríamos desclassificados”, disse ele à Sky Italia. O italiano ressaltou mais uma vez que nenhuma outra equipe da Fórmula 1 protestou (ainda). “E nenhum adversário protestou. Se tivesse havido uma irregularidade flagrante, teria esperado que todos os adversários protestassem.”
No meio deste ano, Helmut Marko apontou repetidamente que a Red Bull não se esqueceu que a Ferrari alterou o suprimento de combustível dos motores na temporada passada. A equipe de Max Verstappen e Alexander Albon perdeu cerca de 24 milhões de euros de prêmios em dinheiro, pela classificação final no campeonato de construtores de 2019. No entanto, não veio de um protesto porque outras coisas tiveram que ser resolvidas primeiro com o coronavírus.
Não está claro se a Red Bull tomará mais medidas contra a FIA e a Ferrari. O certo é que a Mercedes também não está satisfeita com o jeito que as coisas andaram. O chefe da equipe, Toto Wolff, assim como Marko, indicou mais de uma vez que a última palavra ainda não foi dita sobre isso. Também não está claro qual é a atitude da equipe alemã, com relação a fazer protestos.
No final, a FIA e a Ferrari fizeram um acordo. Uma investigação completa nunca aconteceu. “Isso teria levado a um desperdício de energia e custos de ambos os lados. O acordo foi dizer: Vamos nos concentrar no futuro e vamos ajudar uns aos outros a entender as áreas cinzentas.”
A equipe de Maranello acredita que é lógico que o conteúdo do negócio nunca tenha sido divulgado. “O negócio secreto é normal! Devíamos ter mostrado a todos nosso motor e nossos segredos? Não acho que alguém já tenha feito isso na F1 e ninguém fará no futuro”, disse Binotto.
Finalmente, o homem de 50 anos de idade quer deixar claro mais uma vez que a Ferrari não quebrou as regras. “Estivemos na zona cinzenta durante toda a temporada de 2019, até o inverno, quando foi feita uma diretriz com nossa ajuda, que impedia que certas coisas fossem feitas nas unidades de potência. Isso teve um impacto em todos. Mas doeu mais em nós do que outros, como visto atualmente”, finalizou.
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