Bortoleto levanta taça em ano marcado pela consistência na Fórmula 3

Agora é oficial e ninguém mais tira: Gabriel Bortoleto é o grande campeão da temporada 2023 da Fórmula 3. Na manhã desta sexta-feira (1), o competidor alcançou o resultado suficiente para colocar as mãos no caneco e escrever em definitivo seu nome na história após ano de grande constância.

O caneco veio de uma maneira um pouco diferente, pode-se dizer. Na classificação na pista italiana, uma bandeira vermelha encerrou a sessão com 10 minutos de antecedência e com o resultado – Gabriel ficou em quinto – os adversários não conseguiram o resultado necessário para barrar o sucesso do brasileiro. Apesar de ainda não terem sido feitas as duas provas, o título já é matematicamente de Bortoleto.

Titular da Trident e pupilo de Fernando Alonso, o piloto chegou com situação para lá de confortável no Autódromo Internacional de Monza, Itália, última parada do calendário. Somando 144 pontos, precisava somar apenas dois de diferença para os adversários – e sem grandes surpresas, o resultado veio.

O campeonato marca o primeiro de Bortoleto correndo na categoria de base. Nos anos anteriores, chegou a disputar em gris como Fórmula Regional Asiática, Fórmula Regional Europeia e na Fórmula 4 Italiana. E foi apenas na F3 em que conseguiu, de fato, mostrar definitivamente seu talento.

Apesar de apenas ter vencido duas das 16 provas disputadas até o momento em oito etapas, os resultados constantes e dentro dos pontos sempre jogaram à favor de Gabriel. Foram apenas três provas fora da zona de pontuação – uma 19ª colocação no Bahrein, um abandono e um 11º lugar em Spa-Francorchamps.

E não apenas os dois triunfos e mais três pódios com segundas colocações, a inconstância dos adversários também deram o empurrão necessário para a bandeira brasileira se destacar. Paul Aron, por exemplo, teve três provas zeradas, apenas uma vitória e três terceiros lugares, enquanto Pepe Martí até venceu mais, três, mas os 0 e falta de pódios pesou mais.

Bortoleto, além do talento, também contou com a valiosa ajuda de Alonso ao longo do ano. Isso porque em setembro de 2022 assinou com a A14, companhia que passou a gerenciar a carreira do brasileiro a partir desta temporada. Foram diversos os conselhos que o bicampeão deu ao pupilo, que fez questão de ressaltar a ajuda recebida.

Gabriel volta a colocar a bandeira do Brasil no ponto mais alto seja do pódio, da categoria, do automobilismo. Ainda está dando os primeiros passos dentro da tão importante escada para chegar à F1 um dia, mas com um título tão sólido ainda em sua primeira temporada na F3, o caminho se mostra brilhante ao competidor.



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