F1: Wolff cobra solução da Mercedes para problema crônico nos pneus

Toto Wolff voltou a cobrar soluções da Mercedes após uma sequência difícil de corridas na Fórmula 1. O chefe da equipe reconheceu que a recente rodada tripla, com Ímola, Mônaco e Espanha, expôs mais uma vez um problema persistente da equipe: o mau desempenho com os pneus, especialmente os traseiros, em condições de alta temperatura.

O saldo da equipe nas três provas europeias foi modesto, com apenas dezoito pontos marcados. Para piorar, a unidade de potência da Mercedes, historicamente uma das forças do time, foi apontada como a causa da quebra no carro de Kimi Antonelli em Barcelona, o que provocou a entrada do safety car e agitou a parte final da corrida.

“É difícil ver muitos pontos positivos, além da trajetória que pareceu um pouco melhor na gestão dos pneus”, disse Wolff em entrevista à imprensa. “Precisamos entender se foi realmente uma falha no motor. À primeira vista, parece que sim, e isso é um dos nossos pontos fortes. Precisamos descobrir de onde veio.”

O dirigente austríaco também alertou que o comportamento dos pneus será ainda mais determinante a partir das mudanças de regulamento previstas para 2026. “Compreender os pneus será fundamental, mais até do que as regras técnicas e esportivas. Isso precisa ser resolvido.”

Segundo Wolff, o problema não é novo. A Mercedes enfrenta dificuldades com o superaquecimento dos pneus traseiros há anos. “Nosso carro sempre teve mais dificuldade que os outros com o aquecimento excessivo dos pneus traseiros. Quando está frio, somos muito fortes”, acrescentou.

Ele citou o GP de Las Vegas de 2023 como exemplo: “Naquele fim de semana, desde a primeira volta rápida os pilotos disseram: ‘O carro está incrível, temos muita aderência como nunca antes’. Enquanto isso, os outros diziam que não tinham aderência nenhuma. Isso mostra que o problema está no próprio carro”, completou.

Para Wolff, ajustes de acerto podem atenuar ou piorar a situação, mas o desafio principal está no conceito do carro. Com a temporada em andamento e novas regras no horizonte, o tempo para encontrar respostas é cada vez mais curto.

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