F1: Windsor afirma que FIA precisa ser mais seletiva com comissários

Peter Windsor, comentarista de Fórmula 1, expressou sua opinião sobre a recente saída do ex-piloto de F1, Johnny Herbert, do quadro de comissários da FIA, e aproveitou para criticar a falta de profissionalismo e clareza nas regras para os comissários. Herbert estava escalado para supervisionar o GP da Austrália, que abre a temporada 2025 em 16 de março, mas sua parceria com a FIA chegou ao fim antes disso.

Windsor concorda com a presença de ex-pilotos como comissários, mas destaca a necessidade de maior seletividade por parte da FIA. “Ter o princípio de ter um piloto como um dos comissários é bom, mas você tem que ser bastante seletivo”, afirmou. Ele também defende que a FIA seja mais ‘clara e lógica’ em suas diretrizes.

Para Windsor, a profissionalização dos comissários passa por uma remuneração adequada. “Precisam ser pagos um pouco mais do que estão recebendo, porque o motivo de ser tudo um pouco confuso é que, até onde sei, eles basicamente têm apenas as despesas pagas. A maioria desses caras tem ganhos muito altos e, em teoria, seu tempo é bastante valioso, então, se você quer que eles façam algo adequadamente de forma muito profissional, você tem que pagar a eles”, afirmou Windsor, acrescentando que a participação de Herbert em outras atividades, como comentarista de F1 na imprensa e participação em empresas de apostas, era incompatível com o papel de comissário.

Windsor também criticou a FIA por não estabelecer requisitos claros para os comissários desde o início. “Estou surpreso que a FIA não faça disso um dos requisitos no momento em que contrata um ex-piloto para desempenhar a função de comissário, porque você sabe que tem que ser imparcial, tem que ser objetivo e tem que estar muito, ‘de acordo com o livro de regras’. Não estou dizendo que Johnny não estava de acordo com o livro de regras, mas você sabe que não pode estar por aí expressando opiniões sobre um piloto do grid atual e depois esperar ser levado a sério como um comissário da FIA. Isso é muito lógico para mim, mas novamente, você tem que culpar a FIA de certa forma por não deixar isso bem claro desde o primeiro dia”, encerrou o comentarista.