F1: Sky Sports critica postura de Stroll e Horner diante da imprensa

Durante o final de semana do GP do Canadá de Fórmula 1, a emissora Sky Sports alemã teceu críticas públicas à postura do piloto da Aston Martin, Lance Stroll e do chefe da Red Bull Racing, Christian Horner, em relação à imprensa, classificando o comportamento de ambos como pouco receptivo a opiniões negativas.

A crítica mais direta foi feita pelo ex-piloto de F1, Ralf Schumacher, que atua como comentarista da emissora. Durante a coletiva oficial da FIA em Montreal, Schumacher observou Stroll mascar chiclete enquanto falava com os jornalistas e considerou a atitude desrespeitosa. “Eu nunca faria isso. Acho um pouco desrespeitoso”, disse ele.

Segundo Schumacher, comentários desse tipo normalmente causam incômodo na equipe Aston Martin, que tem resistido a pedidos de entrevistas exclusivas com Stroll feitos pela Sky alemã. O repórter Peter Hardenacke, comentou no podcast Boxengasse que a Aston Martin recusou mais uma vez uma solicitação do canal para o GP canadense.

“Essa solicitação foi feita novamente e foi recusada. E então, você precisa aceitar que as pessoas falem sobre isso. Não se trata de insultar ninguém, são opiniões objetivas”, afirmou Hardenacke.

O jornalista também apontou que esse tipo de resistência a críticas não é exclusividade da Aston Martin. Segundo ele, a Red Bull tem reagido de forma semelhante, especialmente por parte de Horner. “Também há um chefe de equipe muito sensível nos últimos meses. Mas se há críticas, pode-se conversar diretamente, pedir uma entrevista. Isso também foi solicitado, mas geralmente não acontece”, acrescentou.

Ralf Schumacher, que tem protagonizado publicamente algumas trocas de palavras duras com Horner recentemente, comentou que muitas vezes suas declarações são mal interpretadas por conta de traduções ou tiradas de contexto. “Se eu cometi algum erro, sempre estou disposto a pedir desculpas”, concluiu o alemão.

A situação evidencia a tensão crescente entre parte da imprensa especializada e algumas equipes da F1, que parecem menos abertas a críticas públicas, mesmo quando feitas de forma técnica ou analítica.