Carlos Sainz comentou recentemente sobre sua trajetória e a forma como se adapta a novos carros e equipes, uma habilidade que, segundo ele mesmo, poucos valorizam até hoje. As declarações reacendem o debate sobre a decisão da Red Bull Racing em não contratá-lo para a vaga ao lado de Max Verstappen.
Ex-piloto da Ferrari, Sainz ficou sem espaço na equipe com a chegada de Lewis Hamilton na temporada 2025 da Fórmula 1. Sem vaga em uma equipe de ponta, o espanhol fechou com a Williams, enquanto muitos questionavam por que a Red Bull não foi atrás do piloto espanhol, que iniciou sua carreira na F1 justamente como parte do programa de jovens da equipe, na então Toro Rosso, atual Racing Bulls.
Falando ao Mundo Deportivo, Sainz afirmou: “Você entende por que é tão difícil, porque eu sofri com isso, troquei de equipe cinco vezes. E é algo que quase não se falava antes, o processo de adaptação”.
O espanhol reconhece os desafios, mas destaca sua trajetória de sucesso nesse aspecto: “O importante é chegar lá. O risco é nunca se adaptar totalmente ao carro ou à equipe, e até agora tenho a sorte de dizer que sempre consegui me adaptar”, acrescentou.
Mesmo não sendo fã de carros com frente extremamente agressiva, como os que Max Verstappen prefere, Sainz relembra sua experiência com a Ferrari de 2022: “Nunca pilotei um carro com uma dianteira tão sensível quanto aquele, e acabei me adaptando, fazendo poles e terminando o ano muito forte”, finalizou o espanhol.
Apesar de não haver confirmação oficial sobre os motivos da Red Bull não ter optado por Sainz, especula-se que a relação complicada entre as famílias Sainz e Verstappen tenha pesado. Ainda assim, os comentários do espanhol sugerem que ele poderia ter sido uma solução eficaz para os problemas da equipe, que continua sem acertar o piloto com o segundo carro, como demonstram as dificuldades atuais de Yuki Tsunoda.
Resta saber se a Red Bull perdeu uma oportunidade valiosa ou se, de fato, evitou um potencial conflito interno.