McLaren lidera os dois treinos livres do GP da Espanha, enquanto a FIA inicia nova fase de fiscalização técnica. Veja como as equipes reagiram e o que esperar do fim de semana.
O primeiro dia de atividades do Grande Prêmio da Espanha teve dois grandes destaques: a dominância técnica da McLaren nas duas sessões de treinos livres e o início prático da nova política da FIA em relação à rigidez das asas dianteiras, que parece ter chacoalhado a hierarquia do grid da Fórmula 1. A sexta-feira em Barcelona teve clima estável, uma pista em boas condições e muita movimentação nos boxes, tanto por ajustes nos carros quanto pela adaptação às mudanças regulatórias.
No TL1, Lando Norris mostrou sua força ao liderar com folga, enquanto Max Verstappen, embora constante, não conseguiu acompanhar o ritmo do piloto da McLaren. A Ferrari apareceu logo atrás, com Hamilton e Leclerc mantendo uma boa consistência. Oscar Piastri também começou bem, fechando em quinto e reforçando a boa fase da equipe britânica. A sessão foi interrompida por um breve problema no carro de Fernando Alonso, que teve um revés com o motor do Aston Martin e ficou fora da maior parte do treino.
Já no TL2, Oscar Piastri assumiu a ponta e deu sequência ao bom desempenho coletivo da McLaren. George Russell apareceu como surpresa positiva, colocando a Mercedes em segundo. Verstappen e Norris cravaram tempos idênticos, o que demonstra o equilíbrio em algumas faixas do grid, embora a Red Bull ainda pareça buscar respostas diante das novas exigências técnicas. Charles Leclerc fechou bem o dia para a Ferrari, enquanto Kimi Antonelli impressionou com uma performance sólida em sexto.
Outro ponto que merece atenção foi a boa performance da Racing Bulls. Com Liam Lawson e Isack Hadjar constantemente entre os dez primeiros, a equipe mostrou que as atualizações implementadas para este GP surtiram efeito imediato, sinalizando um avanço técnico importante.
O primeiro dia também foi marcado pela aplicação prática das novas regulamentações técnicas da FIA, especialmente no que diz respeito à rigidez e flexibilidade das asas dianteiras. A fiscalização mais rigorosa começou oficialmente neste GP da Espanha, com medições mais precisas feitas pela entidade.
No entanto, não se trata apenas de uma intensificação na fiscalização: houve também uma mudança efetiva no limite de flexibilidade permitido nos flaps da asa dianteira. Até o último GP, esses flaps podiam flexionar até 15mm, mas a partir de agora o valor máximo permitido passou a ser de 10mm. Essa redução afeta diretamente os projetos aerodinâmicos e forçou diversas equipes a redesenhar seus componentes dianteiros para atender aos novos parâmetros técnicos.
Essa combinação de mudanças levou diversas equipes a realizar atualizações específicas para atender às novas exigências. Red Bull, Haas, Racing Bulls e Williams foram as que mais claramente adaptaram suas asas dianteiras em resposta direta ao novo regulamento. Enquanto isso, a McLaren chamou atenção por liderar ambas as sessões sem introduzir nenhuma atualização, sinalizando que seu carro já estava naturalmente em conformidade com os novos critérios técnicos.