Piastri vence de forma dominante, Norris completa dobradinha e Verstappen vai mal depois de estratégia mal executada pela Red Bull
O Grande Prêmio da Espanha de 2025, disputado entre os dias 30 de maio e 1º de junho no tradicional Circuito de Barcelona-Catalunha, marcou a nona etapa da temporada e ofereceu um retrato claro da nova ordem na Fórmula 1. A McLaren foi dominante do início ao fim, com Oscar Piastri no papel de protagonista absoluto. O australiano não apenas venceu a corrida com autoridade, mas também assumiu isoladamente a liderança do campeonato.
Desde a sexta-feira, a McLaren mostrou sua força, mesmo sem apresentar atualizações no carro, ao contrário de rivais como Ferrari, Mercedes e Red Bull, que estrearam componentes adaptados às novas diretrizes da FIA, como o limite de flexibilidade reduzido dos flaps dianteiros. No primeiro treino livre (TL1), Lando Norris liderou, enquanto Piastri ficou entre os cinco primeiros. No TL2, o australiano respondeu à altura e cravou o melhor tempo do dia com 1:12.760, sendo o único a quebrar a barreira de 1:13. No sábado, no TL3, Piastri voltou ao topo da tabela, reforçando o controle da McLaren no circuito espanhol.
A classificação apenas confirmou o que os treinos livres já indicavam: Oscar Piastri conquistou sua quarta pole position da temporada, com uma volta em 1:11.546. Lando Norris completou a primeira fila, garantindo a dobradinha no grid para a equipe de Woking. Max Verstappen colocou a Red Bull na terceira posição, seguido por George Russell com a Mercedes. Destaque também para Gabriel Bortoleto, que obteve seu melhor desempenho em classificações na temporada, avançando ao Q2 e largando em 12º com a Sauber. Lance Stroll, da Aston Martin, foi baixa importante: ficou fora da prova por orientação médica devido a dores na mão.
O domingo foi de sol forte e temperaturas elevadas — 30°C no ar e cerca de 50°C no asfalto — criando o cenário ideal para uma corrida com desgaste elevado e estratégias variáveis. Na largada, Piastri manteve a liderança com autoridade, enquanto Verstappen superou Norris e assumiu o segundo posto. Lá atrás, Nico Hülkenberg teve uma arrancada impressionante: pulou de 15º para 10º ainda na primeira volta, em manobra investigada, mas posteriormente considerada legal pelos comissários.

Enquanto isso, a corrida de Bortoleto se desenhava de forma frustrante. O brasileiro conseguiu manter-se próximo dos pontos nas voltas iniciais, mas a Sauber optou por estender demais seu primeiro stint. O resultado foi um retorno à pista no fim do pelotão, comprometendo o restante da prova. Bortoleto ainda conseguiu recuperar posições e cruzou a linha de chegada novamente em 12º — a mesma posição da largada — em mais um dia onde mostrou ritmo, mas sofreu com decisões estratégicas da equipe.
Na liderança, Piastri abriu vantagem com autoridade. Verstappen segurava o terceiro lugar, atrás de Norris, até a entrada do Safety Car, causada por uma escapada de pista de Kimi Antonelli, da Mercedes. Foi aí que tudo mudou. A Red Bull chamou Verstappen aos boxes e calçou os pneus duros — os únicos novos disponíveis para ele naquele momento. A decisão, no entanto, foi um erro estratégico grave. Na relargada, Verstappen teve dificuldade de tração, foi ultrapassado por Charles Leclerc e, logo em seguida, se envolveu em um toque com George Russell.
O incidente rendeu uma investigação e, após análise, os comissários atribuíram culpa ao piloto da Red Bull, considerando a manobra proposital. Verstappen recebeu uma penalização de 10 segundos, o que o fez cair para a décima posição no resultado final. Foi um encerramento amargo para uma corrida que caminhava para mais um pódio — uma performance que, embora sólida em 90% do tempo, desmoronou nos 10% decisivos. Verstappen também levou três pontos de penalidade em sua carteira e soma 11 pontos – 12 pontos suspendem o piloto por uma corrida.

Enquanto isso, a Ferrari capitalizou o erro da Red Bull com Leclerc subindo ao pódio em terceiro. Russell terminou em quarto e Hülkenberg, coroando um desempenho brilhante, ultrapassou Lewis Hamilton no fim para garantir um notável quinto lugar com a Sauber — o melhor resultado da equipe no ano e uma atuação que merece destaque.
Oscar Piastri cruzou a linha de chegada na frente, com Lando Norris logo atrás, selando mais uma dobradinha da McLaren e consolidando uma liderança cada vez mais confortável no campeonato. A vitória no calor espanhol não foi apenas mais um bom resultado: foi a afirmação de que Piastri é o favorito na luta pelo título em 2025.
Agora, a Fórmula 1 faz uma pausa de duas semanas antes de desembarcar em Montreal, para o GP do Canadá, entre os dias 14 e 16 de junho. Você acompanha todas as informações do GP do Canadá ao vivo e em tempo real no F1Mania.net