Charles Leclerc reconheceu que a Ferrari está longe de conseguir extrair o máximo do SF-25 nesta reta final da temporada 2025 da Fórmula 1. O monegasco, que largou da sexta posição e terminou em sexto no GP de Singapura no domingo (5), apontou os problemas nos freios como o principal obstáculo no circuito de Marina Bay.
Durante a prova, Leclerc precisou recorrer ao chamado “LiCo”, que consiste em levantar o pé do acelerador e apenas deixar o carro rolar para preservar os freios. Em algumas curvas, isso fez com que ele reduzisse a velocidade quase 200 metros antes dos pontos de frenagem habituais.
“Desde a oitava volta, foi basicamente uma questão de gerenciar os freios”, explicou Leclerc à imprensa. “Acho que todo mundo tem que gerenciar até certo ponto em uma pista como esta, mas acho que ficamos no pior lado das coisas, e isso torna extremamente difícil [ser competitivo]. Nossa corrida inteira foi muito complicada.”

A situação foi ainda mais crítica para o companheiro de equipe, Lewis Hamilton. O britânico, que tentava ultrapassar Kimi Antonelli, enfrentou uma falha nos freios nas voltas finais. Hamilton havia feito uma parada para troca de pneus, mas perdeu rendimento e retrocedeu nas últimas três voltas, terminando em oitavo após receber uma penalidade por cortar curvas.
Leclerc também comentou sobre a evolução das rivais: “A McLaren sempre teve a mesma vantagem sobre nós em comparação com o início do ano. A Red Bull deu um passo desde Monza para o mesmo nível da McLaren, e a Mercedes está agora no mesmo nível da McLaren e da Red Bull.”
E concluiu com um diagnóstico preocupante: “E então estamos nós. Não é fácil porque, claro, você quer lutar por posições melhores, mas no momento, parece que somos passageiros do carro e não podemos extrair muito mais.”
A Ferrari é a terceira colocada no campeonato de construtores, com 298 pontos, 27 a menos que a Mercedes.
