F1: Binotto admite que Audi não terá melhor motor ao estrear em 2026

Mattia Binotto, responsável pelo projeto da Audi na Fórmula 1, reconheceu que a equipe não contará com a melhor unidade de potência quando estrear na categoria em 2026. A fabricante alemã entrará oficialmente na F1 ao assumir o controle integral da estrutura da Sauber, com sede em Hinwil, como parte do plano iniciado após o anúncio feito no GP da Bélgica de 2022.

Binotto, atual CEO e COO da Sauber Motorsport, destacou a complexidade envolvida no desenvolvimento de um motor competitivo dentro do novo regulamento, que prevê 50% da potência vinda de energia elétrica. Embora haja discussões para reduzir esse percentual a fim de evitar perda de desempenho em retas longas, o desafio técnico já é evidente.

“Fazer unidades de potência é algo muito mais complexo do que se imagina vendo de fora”, afirmou Binotto à Autosport. “Agora estamos entrando em um nível extremamente avançado, algo que nunca foi feito antes. Isso exigirá uma mudança cultural na forma de pensar o motor, e não será simples.”

Apesar da admissão de que a Audi não estreará no topo, Binotto demonstra confiança no projeto a longo prazo. “Sabemos que 2026 não será o ano em que estaremos no topo. Não teremos a melhor unidade de potência, mas o caminho adotado é o certo, e isso me deixa confiante”, acrescentou.

Ele também relembrou a introdução do atual regulamento híbrido, em 2014, quando a Mercedes largou na frente e dominou os primeiros anos da nova era. Para o italiano, uma situação semelhante pode se repetir a partir de 2026: “Naquela época, o campeonato foi decidido pelos motores. Isso pode acontecer de novo, e quem tiver que recuperar vai tentar fazer isso”, completou o italiano.

A Audi encara um cenário de grande exigência técnica para sua estreia, ciente de que o sucesso virá com tempo e evolução gradual dentro das regras que prometem transformar o panorama da Fórmula 1.

🎥 Vídeos mais recente