Grande final da Fórmula E começa nesta quarta-feira em Berlim

Depois de pouco mais de quarto meses paralisada por conta da pandemia de COVID-19, a sexta temporada do Campeonato ABB FIA Fórmula E retorna para um empolgante e imprevisível desfecho com seis provas em nove dias no Aeroporto de Tempelhof, em Berlim na Alemanha.

A sexta temporada da Fórmula E tem um dos grids mais competitivos do automobilismo mundial, com 12 equipes marcando presença na competição, sendo que dez delas são equipes de fábricas ligadas a grandes marcas do setor automotivo.

Destaque para o fato de que pela primeira vez, as quatro principais montadoras alemãs (Audi, BMW, Mercedes e Porsche) se enfrentam em uma mesma competição do automobilismo mundial, e ainda dividem a atenção com outras marcas icônicas do setor automotivo, como DS Automobiles, Jaguar, Nissan e a indiana Mahindra com suas equipes de fábricas – além das experientes equipes clientes  Envision Virgin Racing e ROKiT Venturi Racing.

Recém-chegados a categoria de monopostos elétricos, Mercedes Benz EQ e TAG Heuer Porsche já mostraram que vão dar trabalho a seus adversários, conquistando pódios na rodada dupla de abertura da temporada disputada em Riad, na Arábia Saudita.

Das 12 equipes presentes no grid, apenas a chinesa NIO 333 Team ainda não pontuou. Com tantas marcas e times competentes dividindo curva a curva, não tem como negar: este é o grid mais competitivo de todos os tempos da Fórmula E.

 

A única coisa previsível é a imprevisibilidade

A imprevisibilidade segue fazendo parte da categoria de monopostos elétricos: foram cinco vencedores diferentes nas cinco primeiras provas do campeonato, e com menos de 25 pontos de diferença (o que equivale a uma vitória) entre o líder Antonio Félix da Costa (DS Techeetah) e o quarto colocado, Maximilian Guenther (BMW i Andretti Motorsport).

O campeonato deste ano tem algumas novidades em relação a edição passada, com algumas pequenas mudanças nas regras que tornaram as coisas ainda mais difíceis para os pilotos. Após a introdução extremamente bem-sucedida do ATTACK MODE na última temporada, as ultrapassagens serão ainda mais difíceis de se defender, com 10kW de potência extra, com os carros ganhando um acréscimo de 35kW de potência por um determinado período depois de passarem pela zona de ativação.

Os pilotos não podem mais ativar o ATTACK MODE durante o período de bandeira amarela por todo o circuito ou durante a presença do Safety Car. Além disso, durante esses períodos mencionados anteriormente, serão deduzidos 1 kWh da energia disponível a cada minuto para garantir que o gerenciamento de energia se torne vital para as chances dos pilotos no decorrer da corrida.

Grande final da Fórmula E começa nesta quarta-feira em Berlim
Foto: Audi Motorsport

 

Quem brilhou até agora nesta temporada?

A sexta temporada começou com uma rodada dupla em Riad, na Árabia Saudita, e logo na corrida de abertura, o britânico Sam Bird conquistou a vitória, se tornando o único piloto da história da categoria a ter vencido pelo menos uma vez em cada temporada. O pódio foi completado justamente pelas duas equipes estreantes: o alemão André Lotterer com o TAG Heuer Porsche ficou em segundo, seguido pelo belga Stoffel Vandoorne da Mercedes Benz EQ em terceiro.

Na segunda corrida em Riad, a vitória ficou com outro piloto britânico, Alexander Sims da BMW i Andretti Motorsport. Foi a primeira vitória dele na categoria de carros elétricos, e o pódio foi completado pelo brasileiro Lucas di Grassi (Audi Sport ABT Schaeffler) em segundo e novamente com o belga Stoffel Vandoorne (Mercedes Benz EQ) em terceiro.

Em janeiro deste ano, a Fórmula E foi para Santiago no Chile, e a BMW i Andretti Motorsport voltou a ficar no lugar mais alto do pódio, mas desta vez com o alemão Maxiilian Guenther, que se tornou o mais jovem vencedor da história da categoria. O português Antonio Félix da Costa (DS Techeetah) e o neozelandês Mitch Evans (Panasonic Jaguar Racing) completaram o Top-3 na capital chilena.

Na sequência, a Fórmula E foi para a Cidade do México, mais precisamente no icônico Autódromo Hermanos Rodriguez, onde Mitch Evans venceu e assumiu a liderança do campeonato, seguido por Antonio Félix da Costa e o suíço Sébastien Buemi (Nissan e.DAMS).

A quinta prova da temporada 2019-20 foi realizada em Marraquexe, no Marrocos, e foi lá que Antônio Félix da Costa teve uma atuação primorosa, largando na pole position e vencendo a etapa e de quebra, se tornou o novo líder do campeonato. O pódio contou com Maximilian Guenther em segundo, e com o atual bicampeão da Fórmula E Jean-Eric Vergne, em terceiro.

Com esses resultados, o piloto português que deixou a  BMW i Andretti Motorsport para ser o novo companheiro de JEV na atual campeã DS Techeetah, chega a Berlim para a decisão da sexta temporada com 11 pontos de vantagem para Mitch Evans. Mas, a disputa pelo campeonato segue em aberto, com todos os demais pilotos do grid com chances matemáticas de lutar pelo título desta temporada.

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Foto: Techeetah

 

Amigos e rivais, as novas caras da Fórmula E em Berlim

Não são apenas as marcas que dão o brilho para o atual grid da Fórmula E. Os pilotos presentes na categoria são de alto nível, que conta com o bicampeão Jean-Eric Vergne e os campeões Lucas di Grassi e Sébastien Buemi entre os principais nomes.

Pilotos com passagem na F1 como o brasileiro Felipe Massa e o belga Stoffel Vandoorne estão em busca da primeira vitória na categoria, assim como o tricampeão do WEC (Mundial de Endurance) André Lotterer.

Algumas equipes chegam a Berlim com novos pilotos em seus cockpits, como a Audi Sport ABT Schaeffler, que dispensou Daniel Abt e agora conta com o bicampeão do DTM René Rast.

Daniel Abt por sua vez, ganhou uma nova chance na categoria ao assumir o lugar do chinês Ma Qing Hua na NIO 222 Team, e terá mais uma vez a chance de brilhar na sua “corrida de casa”, na qual venceu em 2018.

A Mahindra perdeu o alemão Pascal Wehrlein, e trouxe para o seu lugar o experiente piloto britânico Alex Lynn, que terá mais uma chance de provar o seu valor na categoria de carros elétricos.

Por fim, a GEOX Dragon não poderá contar com o neozelandês Brendon Hartley e para seu lugar, chamou o jovem brasileiro Sérgio Sette Câmara, um dos destaques no treino para novatos realizado no início de março em Marraquexe e que também é o piloto reserva das equipes Red Bull Racing e Alpha Tauri na Fórmula 1.

Isso sem mencionar nos grandes nomes da temporada até o momento: o português Antonio Félix da Costa, que vem de três pódios consecutivos, e o neozelandês Mitch Evans, que vem com uma Panasonic Jaguar Racing cada vez mais competitiva.

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Foto: Venturi

 

O templo da decisão, o Aeroporto de Tempelhof

Presente em todas as temporadas da Fórmula E, Berlim era a escolha óbvia para este momento de decisão, e o Aeroporto de Tempelhof é o local perfeito para o ousado plano de realizar seis provas em nove dias.

Desta forma, a Fórmula E definirá a sexta temporada entre os dias 05 e 13 de agosto, com três rodadas duplas, e em cada uma delas usando um traçado diferente.

As corridas seis e sete serão as primeiras a serem disputadas nos dias 05 e 06 de agosto, com o circuito do Aeroporto de Tempelhof rodando no sentido horário, ao contrário.

Os 24 pilotos da Fórmula E correrão pelo familiar e já tradicional circuito da capital alemã – traçado que apareceu pela primeira vez no calendário da categoria na temporada inaugural (2014/15) – nas corridas oito e nove, que serão realizadas nos dias 08 e 09 de agosto.

Na sequência, serão feitas adaptações necessárias em um período de 24 horas após as duas corridas do fim de semana, nas quais os escoamentos, meio-fio, barreiras e canais de transmissão, todos serão alterados para as duas etapas decisivas.

Para encerrar o confronto sem precedentes para a sexta temporada, as corridas 10 e 11 ocorrerão em um terceiro traçado mais técnico de Berlim, com um setor intermediário e final mais apertado, o que será um desafio inédito no Aeroporto de Tempelhof para equipes, pilotos e organizadores.

 

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