A McLaren foi a única equipe que trocou de fornecedor de motores entre as temporadas de 2020 e 2021. Depois de alguns anos correndo com a Renault, a partir deste ano eles vão utilizar unidades de potência da Mercedes. Isso coloca a equipe britânica em uma posição única, pois permite que eles tenham uma abordagem diferente do carro do que as outras equipes. Há certos problemas que precisam ser resolvidos para que o motor se encaixe e funcione, mas ainda não se sabe se isso trará algum benefício.
Com o adiamento dos novos regulamentos para 2022, foi decidido no ano passado colocar uma restrição ao desenvolvimento para 2021. Como resultado, as equipes podem fazer certos desenvolvimentos com base em um sistema de tokens, mas não tudo o que quiserem. A McLaren tem uma perspectiva ligeiramente diferente sobre isso, já que está mudando de motor.
“Enquanto todas as outras equipes transportarão a maior parte de seu carro do ano passado para este ano, nossa mudança para a unidade de potência da Mercedes, significa que não é o nosso caso”, disse o diretor de produção da McLaren, Piers Thynne, ao Motorsportweek.com. “Isso gerou uma grande quantidade de mudanças, na prática, estamos construindo um novo carro.”
“O número de novas peças no MCL35M é quase o mesmo de quando construímos o MCL35. A parte traseira do chassi e a caixa de câmbio mudaram significativamente para se adaptar à nova unidade de potência. Essa mudança altera muito a arquitetura do carro e da forma como tudo é ‘embalado’.”
Ele continuou: “Portanto, todo o layout de resfriamento e toda a tubulação, seja para fluido ou ar, mudou, junto com todos os chicotes elétricos e caixas de controle”. No entanto, apesar de construir um novo carro, a McLaren enfrenta certas restrições, pois eles também têm que usar um token para desenvolvimentos específicos (aerodinâmicos). No entanto, a McLaren é claramente um pouco mais livre na construção do carro.
A dois meses do primeiro GP, a equipe acredita que está no caminho certo. Thynne continuou: “Existem alguns desafios em certas áreas no momento, mas isso é F1. Se você não está encontrando nenhum problema, então provavelmente não está sendo agressivo o suficiente.”
“Se tudo for fácil e direto, tende a significar que você está perdendo desempenho porque não está ultrapassando os limites. O verdadeiro desafio não é necessariamente produzir o carro da apresentação, é como você evolui a partir dele atualizando-o o mais rápido possível”, acrescentou.
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