Funcionários da Alpine pressionam Renault sobre futuro do motor de F1

Os funcionários da Alpine estão se mobilizando novamente para tentar salvar o projeto do motor Renault para a Fórmula 1, que pode ser abandonado a partir da temporada de 2026. A decisão será votada em breve, e um grupo de funcionários tem pressionado a montadora francesa para que mantenha o desenvolvimento do motor, temendo as consequências negativas da retirada do projeto.

A Renault já anunciou, em julho, planos para redirecionar sua fábrica histórica de motores em Viry-Châtillon para projetos fora da F1. Bruno Famin, ex-chefe da equipe Alpine na F1, deixou o cargo para supervisionar essa transição. Como resultado, a Alpine estaria destinada a usar motores de fornecedores externos a partir de 2026, com a Mercedes sendo a principal candidata para assumir esse papel.

Essa decisão de abandonar o desenvolvimento do motor para a F1 encontrou forte resistência por parte dos funcionários da Renault, muitos dos quais organizaram greves e protestos, inclusive durante o final de semana do Grande Prêmio da Itália, em Monza. A mudança foi vista por muitos como uma traição ao legado da Renault na categoria.

Os funcionários da Alpine apresentaram uma proposta a Luca De Meo, CEO da Renault, em uma tentativa de reverter a decisão. O documento, segundo fontes, promete o compromisso com a competitividade do motor para 2026, ao mesmo tempo que permite à governança da empresa explorar outros caminhos após o teste do carro.

Além disso, os trabalhadores destacaram a importância de manter a integração entre o motor e o chassi, uma vantagem que será de extrema importância com a implementação das novas regras da F1 em 2026. Eles citaram como exemplo as parcerias de equipes como Aston Martin (Honda), Red Bull (Ford) e Sauber (Audi), todas a partir de 2026, que têm buscado uma maior convergência entre motor e chassi para essa nova era da Fórmula 1.

Mesmo com as incertezas, uma informação recente da Auto Motor und Sport, apontou que o motor RE26A, que está em desenvolvimento para 2026, apresentou resultados promissores em seus testes iniciais. A unidade de potência foi considerada menor e mais leve do que a atual, sem problemas críticos de confiabilidade até o momento.

Ainda assim, com a votação decisiva marcada para o final de setembro, o futuro do envolvimento da Renault como fabricante de motores na Fórmula 1 está em jogo. A equipe Alpine espera que o apelo dos funcionários seja suficiente para mudar o rumo da empresa e preservar o legado da Renault no esporte.



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