Fórmula 1: Imprensa da Nova Zelândia critica fortemente a Red Bull

A muito provável decisão da Red Bull Racing de substituir Liam Lawson vem gerando indignação na Nova Zelândia, país que recentemente voltou a ter um representante na Fórmula 1 após a passagem de Brendon Hartley pela Toro Rosso (atual Racing Bulls). A mídia neozelandesa criticou duramente a equipe pela forma como vem lidando com o piloto.

Lawson assumiu a vaga de Sergio Perez apenas nas duas primeiras etapas de 2025, tendo resultados bem fracos na Austrália e na China, e a Red Bull, liderada por Christian Horner e Helmut Marko, parece já ter decidido substituí-lo por Yuki Tsunoda. A decisão provocou forte reação do jornal New Zealand Herald, que questionou a responsabilidade da equipe na situação.

Em um artigo publicado antes de uma confirmação da troca, o Herald argumentou que Lawson não deveria ser o único culpado por seu início de temporada instável. “É a Red Bull, e não o jovem Lawson de 23 anos, quem deve assumir a culpa pela situação”, afirma o artigo. “Como eles não conseguiram ver os enormes riscos em contratá-lo para 2025, quando ele tinha apenas onze GPs disputados na equipe júnior?”

O jornal comparou a situação de Lawson com a de Max Verstappen, destacando a falta de experiência do neozelandês. “É quase incompreensível. Mesmo Verstappen, um dos maiores pilotos da F1 atualmente, tinha o dobro da experiência de Lawson quando foi promovido em 2016. A Red Bull pode ser uma das equipes de maior sucesso na história da F1, e Horner e Marko, que supervisiona o programa de jovens pilotos, merecem crédito por isso. Mas contratar Lawson não foi a decisão de uma equipe de corrida séria”, criticou o Herald.

A publicação também apontou que Lawson perdeu tempo de pista nos testes de pré-temporada e nos treinos livres do GP da Austrália devido a problemas mecânicos, e teve apenas um treino livre no GP da China, devido ao formato de corrida Sprint no final de semana.

“Lawson tem sido aberto, responsável e honesto sobre seu desempenho até agora. Seja qual for seu destino, é improvável que vejamos a mesma responsabilidade da liderança da Red Bull”, conclui o artigo.

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