Mesmo com a chegada da temporada 2025 da Fórmula 1, o desempenho da Red Bull em 2024 ainda rende debates. E Pierre Waché, diretor-técnico da equipe, elencou as razões de o time não ter conseguido ser tão competitivo ao longo do campeonato.
O início do calendário foi bastante positivo para Max Verstappen, que conseguiu cinco de sete vitórias nas primeiras etapas, além de dobradinhas com uma cooperação de Sergio Pérez.
Entretanto, com o passar das provas, o rendimento do RB20 começou a despencar e, no final, apesar de o piloto ter colocado as mãos no tetracampeonato consecutivo, a Red Bull terminou apenas na terceira colocação no Mundial de Construtores.
Fazendo um balanço de toda a campanha, então, Waché reconheceu que domínio nunca foi esperado pelo time. “A temporada foi basicamente tão desafiadora quanto esperávamos. Diria que ficamos mais surpresos no começo da temporada por causa da diferença que tínhamos. Esperávamos que a temporada inteira fosse como o fim da temporada, uma grande briga com os outros”, falou ao Autosport.
“Nós não esperávamos um buraco tão grande no meio da temporada, mas esperávamos uma grande briga com os outros”, completou.
E então, o que deu errado com o carro? O diretor-técnico apontou que a principal questão foram as divergências entre os dados no simulador e o que acontecia na pista. “Há vários aspectos nessa história. O primeiro é a correlação, que o carro tinha algumas características diferentes do que esperávamos em termos de aerodinâmica. Outro aspecto é que não esperávamos que alguns elementos afetassem o desempenho do carro tanto quanto afetaram”, seguiu.
“Eles não estavam lá por desejo, mas talvez não tenhamos focado o suficiente neles. Esses elementos ainda estavam lá no final da temporada e temos de consertá-los para 2025. Tivemos uma perda de downforce em algumas áreas do mapa e, portanto, não tivemos um desempenho na pista como pensávamos que poderíamos com base no túnel de vento, então houve alguns buracos. Essa é uma questão de correlação e, em termos de entrega na pista, foi principalmente uma questão de equilíbrio”, concluiu.