Johnny Herbert, ex-piloto de Fórmula 1 e ex-comissário da FIA, foi enfático ao condenar a manobra de Max Verstappen sobre George Russell no GP da Espanha. Para o britânico, a atitude do holandês ultrapassou os limites do aceitável em uma disputa na Fórmula 1.
A polêmica aconteceu nas voltas finais em Barcelona, quando Verstappen, após ser instruído a devolver posição a Russell por uma saída de pista anterior, pareceu cumprir a ordem, mas acelerou e jogou seu carro contra o carro da Mercedes na curva 5, resultando em contato entre os dois.
“Concordo totalmente com Nico Rosberg: Max Verstappen merecia uma bandeira preta e deveria ter sido desclassificado”, disse Herbert, em entrevista a um site de apostas. A opinião ecoa críticas feitas também por outros nomes do paddock.
Herbert foi ainda mais direto ao afirmar que a manobra foi intencional: “Foi claro como o dia que o movimento do Verstappen sobre Russell foi de propósito… Para mim, isso passou do limite”, disse o comentarista da Sky Sports F1.
Apesar de reconhecer o talento de Verstappen, Herbert acredita que esse tipo de atitude mancha sua reputação: “Verstappen é o melhor piloto do grid atual, com o melhor instinto e julgamento em corrida, mas sempre há uma história envolvendo ele. A manobra que ele fez em Ímola me fez dizer ‘uau’, mas o que fez na Espanha tirou esse ‘uau’,” concluiu Herbert.
Como consequência de sua atitude, Verstappen recebeu dez segundos de penalidade e três pontos em sua superlicença, caindo da quinta para a décima posição no final da corrida em Barcelona. Agora, o holandês soma onze pontos na superlicença, apenas um abaixo do limite que acarreta suspensão automática por uma corrida. Com as etapas no Canadá e Áustria pela frente, Verstappen terá que redobrar a cautela.