Enquanto Toto Wolff, chefe da Mercedes, defendeu a criação de novas regras para o GP de Mônaco, Frederic Vasseur, da Ferrari, rejeitou a proposta. O chefe da Ferrari classificou a medida como inviável e contrária às tradições da Fórmula 1. A proposta de Wolff veio após a primeira experiência da categoria com a regra de dois pit stops obrigatórios implementada pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) para a prova do último domingo (25).
A dinâmica foi alvo de muitas críticas por parte dos pilotos, que disseram ter que reduzir o ritmo de propósito para segurar o pelotão e garantir que não teriam perdas durante suas paradas. Foi o caso de Racing Bulls e Williams, com a equipe britânica atingindo a Mercedes, gerando uma discussão pública entre Wolff e James Vowles, chefe da equipe de Carlos Sainz e Alex Albon no paddock de Mônaco.
Durante a coletiva após prova, Vasseur admitiu que já esperava esse tipo de estratégia: “Com duas paradas, você pode imaginar uma estratégia em que, se uma equipe tem dois carros em posições próximas, um deles abre vantagem, cria um delta de 20-25 segundos, faz o pit stop, depois trocam e repetem o processo. Para jogar esse tipo de jogo, você precisa de dois pilotos disciplinados, mas é possível”, afirmou o representante da Ferrari.
Questionado sobre a proposta de Wolff, Vasseur foi enfático ao dizer que é impossível manter a fiscalização sobre esse tipo de dinâmica. “Fiscalizar isso honestamente é impossível, porque não é a primeira vez. Lembro que no ano passado também jogamos dessa forma, tentando gerenciar a diferença entre os dois carros. A McLaren fez isso há dois ou três anos. Sempre dá para tentar algo assim na pista. Se você começar a regulamentar, qual seria o limite? 3 décimos? Um segundo? Já temos regras demais.”
As discussões em torno do GP de Mônaco continuam reverberando pelo paddock, já que, mesmo com as novas regras, o pódio seguiu exatamente a mesma ordem da classificação, com Lando Norris vencendo, Charles Leclerc em segundo lugar e Oscar Piastri em terceiro.