Durante a segunda sessão de treinos livres para o Grande Prêmio do Japão de Fórmula 1, Jack Doohan bateu forte depois de tentar fazer a primeira curva de Suzuka com o DRS aberto. Ele estava a quase 300 km/h, perdeu o controle e destruiu o carro. Por sorte, não se machucou.
Normalmente a aba do DRS se fecha automaticamente quando o piloto freia, mas como essa curva pode ser feita sem usar o freio, o sistema não foi ativado.
Se o piloto tira o pé do acelerador, o DRS pode se fechar sozinho. Mas também pode fechar manualmente, como faz Lewis Hamilton. O problema é que, em curvas como essa, o DRS precisa estar fechado na hora certa, se não o carro perde o controle em alta velocidade.
Embora o acidente de Doohan tenha sido um erro dele, já aconteceram falhas no sistema do DRS no passado – como o de Marcus Ericsson em Monza de 2018, quando o DRS travou aberto e ele capotou várias vezes.
O acidente deixou em alerta os pilotos. Na reunião de sexta-feira, Carlos Sainz comentou que é preciso criar um sistema que feche o DRS automaticamente em curvas rápidas como aquela.
“Segurança ainda é a principal prioridade com esses carros, especialmente com a velocidade que estamos atingindo. Em qualquer outra era da F1, o Jack não estaria andando hoje. Então precisamos continuar avançando,” disse Sainz.
Ele contou que já teve sustos parecidos ao deixar o DRS aberto por engano: “Fiquei surpreso que isso ainda não tenha acontecido com mais frequência. Já tive momentos em que apertei o botão do DRS sem querer e ele ficou aberto, dá um susto enorme entrando em curvas como essa de Suzuka, ou a curva 1 da China, ou a 9 da Austrália.”
“Temos muitas dessas curvas onde tudo depende do piloto fechar, ou do DRS funcionar corretamente. […] Precisamos de um sistema automático, que feche o DRS 50, 100 metros antes da zona de frenagem — pra evitar erro humano ou falha do sistema,” completou.