O piloto da Mercedes, George Russell foi um dos primeiros pilotos da Fórmula 1 a utilizar um colete de resfriamento durante um GP, tecnologia que será obrigatória a partir de 2026 em condições de calor extremo. Apesar de elogiar a iniciativa, o britânico acredita que ainda há espaço para melhorias e defende que os pilotos tenham liberdade de escolha.
“Me sinto privilegiado por ter tido a chance de correr com o colete de resfriamento. Ainda não é perfeito, mas sem dúvida é um avanço”, afirmou Russell, destacando o uso do equipamento no GP do Bahrein, onde as temperaturas dentro do cockpit podem ultrapassar os 60 °C. “Quando se soma o calor do ambiente, a luz solar e a temperatura interna do carro, parece uma sauna.”
Apesar dos benefícios, o equipamento não conta com aprovação unânime no grid. O aumento de peso é uma das críticas recorrentes, e Russell reconhece o debate em torno do tema: “Ainda não discutimos coletivamente sobre isso, e nem todos são a favor de usá-lo, o que também é compreensível.”
Para ele, a decisão deveria ser individual, comparando a situação com outros esportes: “Alguém mencionou recentemente que, como jogadores de futebol em dias frios, alguns usam luvas, outros preferem mangas curtas, e isso deveria ser escolha do piloto”, acrescentou.
Por fim, Russell sugeriu uma revisão no limite que define a obrigatoriedade do uso do colete: “Talvez o parâmetro de risco térmico devesse ser um pouco ajustado, já que ainda não o ultrapassamos. A Arábia Saudita foi quente, o Bahrein também, mas talvez alguns graus a mais fossem aceitáveis”, encerrou o britânico.