Nico Hulkenberg expressou surpresa e questionou a necessidade das novas diretrizes da FIA sobre penalidades para linguagem inadequada, que visam restringir a expressão dos pilotos. O piloto alemão criticou a proibição de palavrões, entre outras medidas, considerando-a uma ação controversa.
A iniciativa da FIA, liderada pelo presidente Mohammed Ben Sulayem, de coibir o uso de linguagem imprópria, especialmente na Fórmula 1, gerou um intenso debate no paddock. Hulkenberg, em declarações ao Motorsport-Magazin.com, manifestou seu descontentamento.
“Estou um pouco surpreso e, honestamente, não entendo muito bem por que precisamos dessa regra”, disse Hulkenberg. “Estou curioso para ver como a FIA pretende implementar essa regra, mesmo se alguém a criticar. A forma como essa regra é formulada é muito ampla.”
O piloto da Sauber destacou que a Fórmula 1, em muitos aspectos, criou um problema para si mesma ao dar acesso imediato da mídia aos pilotos após as corridas. Ele comparou a situação com outros esportes, onde os atletas não são submetidos a entrevistas com tantas câmeras e jornalistas logo após a competição.
“É também um pouco da Fórmula 1. Se você comparar com outros esportes, dificilmente há um esporte em que todos os atletas participantes aparecem diante de quinze câmeras de TV e jornalistas imediatamente após a competição. Você ainda está cheio de adrenalina e não há nada de desumano em as emoções correrem soltas no calor do momento, e usar uma palavra que você normalmente não usaria”, disse ele.
Hulkenberg destacou que nunca foi conhecido por falar muitos palavrões, mas expressou preocupação com a possibilidade de as novas regras retirarem a autenticidade e impedirem os pilotos de mostrar a paixão que os fãs apreciam. Ele também questionou a implementação da regra, especialmente em relação a críticas às próprias diretrizes da FIA.