F1: Hamilton critica falta de informações de seu engenheiro durante GP de Mônaco

Lewis Hamilton viveu momentos de frustração durante o GP de Mônaco de Fórmula 1, expressando diversas vezes sua insatisfação com a comunicação limitada com seu engenheiro de corrida, Riccardo Adami. A troca de mensagens por rádio entre piloto e engenheiro, revelou uma crescente tensão e indicou uma desconexão preocupante dentro da Ferrari.

Desde o início da parceria, a relação entre Hamilton e Adami tem sido alvo de questionamentos, e os acontecimentos em Mônaco acentuaram essa impressão. O britânico demonstrou confusão com as estratégias e pediu mais clareza ao longo da prova. “Que ritmo vocês querem de mim? Me deem mais informações. Estou economizando pneus ou é pra forçar o máximo agora?”, questionou. Em resposta, Adami indicou apenas um tempo-alvo de 1min15s2 por volta.

Na volta 23, o heptacampeão voltou a pedir um parecer mais claro sobre seu desempenho: “Esse ritmo está bom o suficiente?” Adami, mais uma vez, não foi direto, limitando-se a citar o ritmo dos carros à frente. A falta de respostas precisas contribuiu para a crescente sensação de desorientação do piloto.

Hamilton, que havia feito seu pit stop antes de Max Verstappen, acreditava estar próximo do rival da Red Bull Racing. No entanto, ao perguntar se o carro à sua frente era o de Verstappen, recebeu uma resposta surpreendente: “Ele está 9,3 segundos à frente”, disse Adami. A reação de Hamilton foi imediata: “Ah, droga. Achei que ele tinha saído bem na minha frente.”

Com o avanço da corrida, a frustração aumentou. “Eu realmente não sei onde estou, e estou 15 segundos atrás?”, questionou já na metade da prova. Tentando retomar o controle da situação, Adami sugeriu um tempo de volta ideal: “Pode melhorar dois décimos num 1min14s5. Vamos esperar e ver”. Hamilton respondeu com descontentamento: “Isso realmente não está ajudando, cara! Estou tendo dificuldades com o carro. Não sei… todos à frente estão virando 1min14s9?”

Adami respondeu que ‘basicamente sim’, citando Lando Norris com 1min14s5. O clima de insatisfação seguiu até o final da prova. Quando recebeu informações sobre a estratégia de Verstappen, Hamilton se irritou: “Mas por que diabos você me dá o stint do Verstappen, cara?”, ao que Adami respondeu: “Só para você ter ideia da situação da corrida.”

Mesmo após suas duas paradas obrigatórias, Hamilton seguiu sem informações claras. Na volta 56, ainda não sabia sua posição na corrida. “Onde está todo mundo, só pra eu saber? Não preciso saber onde está o Verstappen. Quem está na minha frente e quem está atrás? Que posição estou?”, perguntou o britânico novamemnte.

A última surpresa veio ao descobrir o tempo perdido em relação aos líderes. “Eu estive lento a corrida toda?”, perguntou, sugerindo que tinha mais desempenho no carro do que estava utilizando. A resposta de Adami fugiu mais uma vez do ponto: “Troque para o modo red. Três retardatários à frente de (Franco) Colapinto e você está em pista livre”, disse o engenheiro sem responder diretamente mais uma vez.

O episódio em Mônaco mostrou claramente os desafios de adaptação de Hamilton à estrutura da Ferrari e à dinâmica de trabalho com seu engenheiro. Mesmo para um piloto com sua experiência, a ausência de comunicação eficiente durante uma das corridas mais técnicas do calendário, representa um obstáculo significativo para alcançar melhores resultados.

Aparentemente a relação entre Hamilton e seu engenheiro de corrida na Ferrari está longe de estar funcionando bem. Com certeza isso não ajuda em nada o heptacampeão a conseguir resultados melhores com a Scuderia italiana.

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