O programa da Toyota na Fórmula 1, que terminou em 2009 sem nenhuma vitória, deixou um legado importante, segundo o ex-piloto da equipe, Allan McNish. Apesar do investimento de centenas de milhões de dólares e da falta de resultados expressivos, a equipe serviu como uma ‘fantástica escola de engenharia’, nas palavras de McNish.
A Toyota entrou na Fórmula 1 em 2002, em um período de expansão de montadoras na categoria. No entanto, a crise financeira global de 2008-2009, levou à sua retirada. Recentemente, a montadora japonesa retornou à F1 por meio de uma parceria técnica com a Haas, permitindo que seus engenheiros ganhem experiência na categoria máxima do automobilismo. A Toyota também está auxiliando a Haas em seus primeiros testes com carros de anos anteriores (TPC).
McNish, que pilotou para a Toyota em sua temporada de estreia, em 2002, acredita que o maior legado do programa foi a formação de engenheiros. Falando à imprensa, ele comentou sobre as diferenças entre o programa da Toyota na época e a atual parceria com a Haas: “É muito diferente agora porque no final das contas, ainda é a Haas com um pouco de marca da Toyota”.
Naquele outro momento, a Toyota tinha um programa completo, com a construção do carro e do motor baseada em Colônia, onde também mantinham seus programas de Rally e Le Mans. Segundo McNish, a equipe não tinha limite de gastos, mas enfrentou desafios culturais, devido à diferença entre o Japão e a Europa, e também pela localização de sua base.
O ex-piloto de F1 destacou que a Toyota se tornou uma escola para muitos profissionais competentes: “A maior coisa da Toyota foi que ela foi uma fantástica escola de engenharia para muitas pessoas, algumas pessoas muito boas saíram dela”.
Ele lamentou o fato de o projeto ter sido encerrado antes que a equipe pudesse colher os frutos de sua experiência: “Infelizmente, para eles, provavelmente pararam um pouco cedo demais para que pudessem entregar resultados, e quando eles ganharam toda a sua experiência, o que definitivamente não foi no primeiro ano, eles estavam prontos para entregar, mas foi quando o projeto parou”, finalizou McNish.