A oitava etapa da temporada 2025 da Fórmula 1 reserva mais do que a tradicional batalha pelas ruas estreitas do Principado. Neste ano, o regulamento técnico dá ainda mais peso às decisões estratégicas, já que os pilotos precisarão realizar obrigatoriamente dois pit stops ao longo da corrida e utilizar dois compostos diferentes, especificamente os pneus médio e duro. Essa nova exigência transforma a leitura de prova em Mônaco, um circuito onde ultrapassar sempre foi um dos maiores desafios.
A fornecedora Pirelli disponibilizou para este fim de semana os compostos C4, C5 e C6, representando respectivamente os pneus duro, médio e macio. A grande novidade da temporada é o composto C6, o mais macio da gama 2025, que já apareceu na última etapa em Ímola e agora retorna em Monte Carlo. Apesar de sua alta aderência e rápida resposta, o C6 tem durabilidade bastante limitada e, por isso, dificilmente será utilizado de forma estratégica na corrida. Seu uso mais provável está concentrado na classificação ou em stints extremamente curtos. É importante destacar que, mesmo que um piloto utilize o macio em algum momento, ele ainda será obrigado a utilizar o médio e o duro para cumprir o regulamento.
Na prática, isso significa que estratégias tradicionais de apenas uma parada, que costumavam dominar em Mônaco, foram descartadas. As equipes agora precisam encontrar duas boas janelas de pit stop em um traçado onde qualquer erro pode custar posições irrecuperáveis. O ideal é iniciar com o médio, seguir para o duro e, dependendo do ritmo de prova e de situações como a entrada do safety car, fechar com outro stint de médio ou mesmo uma breve aposta no macio, desde que os compostos obrigatórios já tenham sido utilizados.

A escolha do momento certo para parar será tão decisiva quanto o próprio ritmo de corrida. Voltar dos boxes atrás de um carro mais lento pode significar ficar preso durante voltas cruciais, especialmente em um circuito onde não há espaço para ultrapassar. As equipes precisarão monitorar constantemente o tráfego e reagir com precisão milimétrica para evitar perder tempo em stints improdutivos.
A previsão é de que a maioria das equipes opte por abrir a corrida com os pneus médios, que oferecem o melhor equilíbrio entre desempenho e durabilidade. O stint intermediário com pneus duros deve garantir segurança contra o desgaste e abrir margem para uma parada final mais agressiva ou defensiva, dependendo da posição em pista. Já o composto C6 deve ser utilizado apenas em situações muito específicas, como voltas finais em pista limpa ou como arma estratégica em caso de bandeiras amarelas.
Diante de tudo isso, o GP de Mônaco 2025 promete ser um teste absoluto de leitura estratégica. Vencer em Monte Carlo vai exigir muito mais do que uma volta perfeita no sábado. Será necessário orquestrar uma corrida de precisão cirúrgica, onde engenheiros, estrategistas e pilotos terão que atuar no limite do raciocínio e da execução. Você acompanha toda a cobertura completa, com atualizações em tempo real, análises técnicas e bastidores do paddock ao longo do fim de semana no F1Mania.net.
O F1MANIA.NET acompanha o GP de Mônaco ‘in loco’ com o jornalista Rodrigo França.