O CEO da McLaren, Zak Brown, propõe mudanças significativas no próximo ‘Pacto de Concórdia’ da Fórmula 1, que entrará em vigor no início de 2026. Entre as ideias, está a retirada do poder de voto das equipes nas decisões sobre o regulamento da categoria.
Atualmente, as equipes têm influência direta nas mudanças de regras, o que segundo Brown, pode levar a situações de conflito de interesses. “Precisamos devolver mais poder à Fórmula 1 e à FIA, para que eles possam fazer o que acreditam ser melhor para o esporte”, afirmou.
O dirigente da McLaren cita como exemplo o caso de Lando Norris, que em 2021 acumulou dez pontos de penalidade em sua superlicença, com o próprio Brown argumentando que a maioria desses pontos não era por ações perigosas, e poderiam ser tirados do piloto britânico. Porém, o então chefe da Alpine, Otmar Szafnauer, não concordou e os pontos foram mantidos.
Ocorre que no início de 2023, Pierre Gasly, então chegando na Alpine, estava em uma situação muito semelhante à de Norris, e Szafnauer pediu para que os pontos fossem retirados, utilizando o mesmo argumento que Brown havia usado em relação à Norris, e o próprio Szafnauer tinha sido contra. Os pontos do francês também foram mantidos, mas a situação mostra que os interesses de cada equipe falam mais alto que os interesses da F1. “Precisamos de um esporte justo e igualitário para todos”, finalizou Brown.