Fernando Alonso, piloto da Aston Martin, solicitou uma reunião com o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem. O espanhol suspeita de um ‘viés anti-espanhol’ nas decisões recentes da direção de prova da Fórmula 1.
A insatisfação de Alonso surgiu após receber punições consideradas injustas em corridas recentes. Na Austrália, ele foi penalizado pelo toque com George Russell, e na China, levou pontos na superlicença por uma manobra em cima de Carlos Sainz.
Em Miami, durante a corrida Sprint, Lewis Hamilton forçou Alonso a ir ‘para cima’ de seu companheiro de equipe, Lance Stroll, causando um toque entre eles, e Stroll ainda acabou atingindo a McLaren de Lando Norris, com o canadense e o piloto da McLaren tendo que abandonar a corrida logo após a largada. Curiosamente, esse incidente sequer foi investigado pelos comissários da FIA, motivando o pedido de reunião por parte de Alonso.
“Sinto que a nacionalidade importa”, disse Alonso à imprensa. “Conversarei com Mohammed. Preciso garantir que não há nada de errado com a minha nacionalidade ou algo que possa influenciar decisões. Não só para mim, mas também para a futura geração de pilotos espanhóis, eles precisam estar protegidos.”
O estopim para a insatisfação de Alonso foi a manobra de Hamilton na corrida Sprint de Miami. O britânico tentou ultrapassá-lo por dentro, sem controle do carro, o que causou a colisão múltipla. Apesar de Hamilton ter sido o foco da análise, os comissários consideraram que não havia culpa exclusiva de nenhum piloto e encerraram a investigação.
“Eu precisava abrir espaço, porque Hamilton estava vindo por dentro sem controle do carro”, afirmou Alonso, lembrando que previu a falta de punição horas antes. “Se eu fizesse isso, com certeza seria punido”, concluiu o espanhol.
O F1MANIA.NET acompanha o GP de Miami ‘in loco’ com os jornalistas Victor D. Berto e Rodrigo França.