F1 Academy planeja novas metas para o futuro: “Nosso objetivo é ganhar mais visibilidade e mostrar que somos fortes”

A F1 Academy, em seu segundo ano, está passando por mudanças significativas desde 2023. Delphine Biscaye, Gerente de Competição da F1 Academy, falou sobre o futuro do projeto e seus objetivos de mostrar visibilidade e mais força.

Em 2024, todas as 10 equipes da Fórmula 1 se juntaram ao projeto da F1 Academy, designando uma pilota para representá-las. Além disso, os pontos da Super Licença da FIA agora serão concedidos às cinco melhores pilotos do campeonato, e todas as sete etapas do calendário de 2024 estão confirmadas para o calendário da F1.

Biscaye deseja expandir o grid além de 15 carros e diminuir a idade máxima das pilotas: “Eu acho que, para tornar (a série) sustentável, o objetivo final é aumentar o número de carros para mostrar que somos mais fortes, 20 carros faria sentido, provavelmente, nos próximos três, quatro, cinco anos,” disse Biscaye.

Ela também destacou a importância de reduzir a idade máxima, já que a F1 Academy é uma série de nível F4: “O nosso objetivo é dar (às nossas pilotos) um impulso, dar a essas pilotas uma chance e uma oportunidade de ganhar visibilidade, treinamento extra, um verdadeiro impulso em suas carreiras. Mas depois é para ir para outro lugar, é para progredir. Não queremos mantê-las na F4.”

Atrair pilotos mais jovens é fundamental para o crescimento da F1 Academy. Biscaye fez uma comparação com a série de Fórmula 4, onde os pilotos iniciam seus testes privados aos 14 anos e progridem rapidamente: “Se você comparar com os homens, eles começam os testes privados de F4 aos 14 anos, fazem sua primeira temporada em F4 aos 15 e, aos 16, a maioria já está indo para a Fórmula Regional,” acrescentou.

A faixa etária atual na F1 Academy é de 16 a 25 anos, uma decisão tomada por necessidade. Biscaye explicou: “Nossas atuais pilotas não tiveram a chance de progredir mais cedo, e ninguém lhes deu a oportunidade de estarem prontas mais cedo; elas precisam de tempo na pista, precisam desse impulso, precisam de treinamento de performance e da direção que essas equipes juniores podem oferecer.”

Ela acredita que, se o trabalho for feito corretamente, as meninas poderão ser identificadas mais cedo, permitindo que cheguem à F1 Academy aos 16 anos, já prontas para competir: “Temos algumas que têm 16 e 17 anos, mas são apenas algumas. Deveríamos ter todas elas entre 16 e 19 anos, no máximo.”

Biscaye vê a redução da idade como um objetivo final, afirmando que isso demonstrará o sucesso em encontrar e treinar pilotas mais cedo: “Eu não digo que chegaremos a 20, mas a partir de 25, se conseguirmos começar a ir para 22 (para idade máxima), acho que seria um bom passo. Isso significa que precisamos de mais e mais pilotas. Se conseguirmos obter mais jovens para treiná-las mais cedo, então tudo isso será alcançável. Isso significaria sucesso para mim. E é assim que você conseguirá (uma pilota) na F1,” finalizou.



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