Toto Wolff vê Mercedes mais próxima da McLaren após dobradinha em Xangai

McLaren conquista dobradinha no GP da China com vitória de Piastri, mas Toto Wolff aponta redução na vantagem e destaca evolução da Mercedes

A temporada 2025 da Fórmula 1 ganhou novos contornos com a impressionante dobradinha da McLaren no GP da China. Oscar Piastri cruzou a linha de chegada com tranquilidade, enquanto Lando Norris, mesmo enfrentando problemas no pedal de freio, conseguiu segurar a segunda posição à frente de George Russell, da Mercedes. Apesar do resultado expressivo, ainda pairam dúvidas sobre o domínio do carro de Woking, especialmente para Toto Wolff, chefe da equipe alemã.

O desempenho dominante em Xangai chamou atenção, mas também expôs que a diferença em relação às demais equipes vem diminuindo desde Melbourne. Na classificação de sábado, Russell conseguiu se posicionar entre os dois carros da McLaren, e na corrida principal terminou 11 segundos atrás de Piastri. Para Wolff, o cenário sugere uma competitividade crescente.

“Talvez agora a diferença seja de alguns décimos, e não mais de um segundo como foi na Austrália. Fomos claramente o segundo time mais rápido hoje, e isso é um resultado sólido”, avaliou o austríaco, destacando que o desgaste de pneus pode ter favorecido os líderes, uma vez que Piastri teve pista limpa à frente.

Vitória na Sprint e oscilações no grid deixam cenário indefinido
O fim de semana também reservou um momento especial para Lewis Hamilton, que venceu a Sprint no sábado após largar da pole. Beneficiado pela ausência de turbulência aerodinâmica, o britânico conseguiu manter Oscar Piastri atrás mesmo após o australiano superar Max Verstappen. Ainda assim, a Red Bull demonstrou bom ritmo na corrida principal, especialmente com Verstappen usando pneus duros.

Após a etapa australiana, Russell chegou a afirmar que a McLaren poderia ser mais dominante do que a Red Bull em 2023. Wolff comentou a declaração com cautela, sugerindo que era uma tentativa de provocar reações: “É preciso balançar a gaiola às vezes e ver o que cai. Com base em Melbourne, era uma avaliação válida. Hoje estamos mais próximos.”

Para o chefe da Mercedes, o momento exige calma e uma análise mais abrangente. “Precisamos avaliar depois de alguns finais de semana onde realmente estamos. No sábado, disseram que a Ferrari estava de volta e era a melhor equipe. No domingo, o resultado foi decepcionante. Não podemos oscilar entre euforia e frustração diariamente. Após algumas corridas, será possível traçar um panorama real.”

Ao final, Wolff não poupou elogios a Russell: “George é um guerreiro, dentro e fora do carro.”

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