Renault decide encerrar fabricação de motores para F1

A Renault finalmente tomou uma decisão sobre seu programa de motores de Fórmula 1 produzidos em sua fábrica em Viry, e essa decisão foi de encerrar a fabricação da unidade de potência para a categoria. A partir de 2026, a Alpine se tornará uma equipe cliente de motores, muito provavelmente da Mercedes.

Essa decisão de encerrar o programa de motores de F1 da Renault estava sendo avaliada há alguns meses, com funcionários realizando um protesto no final de semana do GP da Itália em Monza contra o encerramento das atividades da fabrica de motores. A Renault vê o fechamento do programa, lançado quando entrou pela primeira vez na F1 na era turbo em 1977, como uma forma de aumentar a competitividade da equipe Alpine, a única equipe atualmente usando sua unidade de potência.

Isso ocorre apesar dos funcionários relatarem dados iniciais positivos da unidade de potência de desenvolvimento para 2026, que contará com sistemas elétricos reforçados. Com o fechamento planejado do programa de F1, a equipe se tornará a primeira na era turbo híbrida a abandonar o status de equipe de fábrica completa e se tornará uma equipe cliente.

Todos os funcionários afetados terão a oportunidade de uma posição em no novo projeto, ‘Hypertech Alpine’ lançado em Viry. Este ‘centro de excelência em engenharia’ será lançado até o final de 2024 e continuará a presença no automobilismo, incluindo o supercarro Alpine, pesquisa e desenvolvimento em tecnologia de baterias e elétrica e a implementação de uma unidade de monitoramento de F1 ‘para dominar os desenvolvimentos técnicos’.

Os programas da Renault no WEC e no Dakar da Alpine permanecem inalterados.

Após o processo de consulta com os funcionários em Viry, a Alpine optou por estabelecer uma ‘unidade de monitoramento de F1’. Seu objetivo é manter os funcionários com conhecimento e habilidades nesse esporte, permanecendo na vanguarda da inovação para os diversos projetos do ‘Hypertech Alpine’.

Enquanto isso, a produção de unidades de potência para a F1 continuará até o final de 2025, com a fábrica sendo transformada em um ‘centro de engenharia e excelência de alta tecnologia’ no futuro.

“Criar este centro ‘Hypertech Alpine’ é fundamental para a estratégia de desenvolvimento da Alpine e, mais amplamente, para a estratégia de inovação do Grupo”, afirmou o CEO da Alpine, Phillippe Krief. “É um ponto de virada na história do local de Viry-Châtillon, que garantirá a continuidade de um ‘saber fazer’ e a inclusão de suas raras habilidades no ambicioso futuro do Grupo, ao mesmo tempo em que fortalecerá a posição da Alpine como uma ‘garagem de inovação’. Seu DNA de corrida permanece uma pedra angular da marca. Ele continuará alimentando um projeto industrial e automotivo sem precedentes, graças em particular à ‘Hypertech Alpine’,” encerrou Krief.



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