A Fórmula 1 anunciou oficialmente a extensão do contrato do Grande Prêmio de Las Vegas por mais duas temporadas, garantindo sua presença no calendário até o fim de 2027. A renovação, embora de curto prazo, representa um passo importante para consolidar o evento como uma peça-chave na estratégia de crescimento da categoria no mercado norte-americano.
Realizada pela primeira vez em 2023 após um hiato de 31 anos, a etapa de Las Vegas rapidamente se tornou uma das mais chamativas da temporada, tanto pelo ineditismo do circuito urbano desenhado por Carsten Tilke quanto pelo apelo visual da cidade, com o traçado de 6,1 km cruzando pontos icônicos da Strip. A corrida, realizada nas noites de sábado (madrugada de domingo no Brasil), já serviu inclusive como palco para a conquista do tetracampeonato de Max Verstappen no ano passado.
Diferente das demais etapas do calendário, Las Vegas é a única prova promovida integralmente pela própria Fórmula 1, sem intermédio de organizadores locais. Isso confere ao evento um status especial dentro do cronograma, além de maior flexibilidade comercial e estratégica. Segundo Emily Prazer, CEO da corrida e diretora comercial da F1, a extensão por apenas dois anos foi decidida de forma conjunta. Ela afirma que, embora o contrato tenha um prazo definido até 2027, o plano de longo prazo segue intacto. “Nós queremos continuar evoluindo. Tivemos desafios no começo, mas estamos superando. A ideia é que essa seja uma relação duradoura, e esse é o melhor caminho neste momento”, declarou.
A escolha por um contrato curto contrasta com outras renovações recentes da F1, como Miami, que assinou até 2041. No entanto, segundo Steve Hill, presidente da Autoridade de Convenções e Visitantes de Las Vegas, o período de extensão não reflete uma limitação. “A duração do contrato é apenas uma decisão estratégica. Sabemos o que esperar nos próximos anos e estamos tratando a corrida como um evento permanente. Novas extensões devem vir naturalmente”, disse.
Desde que retornou, o GP de Las Vegas tem sido uma vitrine do novo modelo de entretenimento que a Fórmula 1 quer oferecer: espetacular, comercialmente poderoso e profundamente integrado à cultura pop. A edição inaugural enfrentou críticas pela falta de aderência da pista e incidentes nos treinos, mas a organização respondeu com melhorias estruturais e operacionais, fortalecendo o evento para edições futuras.