Fórmula 1: Chefes de equipe aprovam chegada da Cadillac em 2026

O ingresso da Cadillac na Fórmula 1 a partir da temporada 2026 segue repercutindo no paddock, mas longe de gerar descontentamento. Ao contrário: os chefes de equipe de Red Bull, McLaren e Alpine destacaram em Xangai que a chegada da marca norte-americana é positiva para o esporte, tanto pela força comercial quanto pelos benefícios financeiros imediatos.

A entrada da Cadillac, em parceria com a Andretti, foi oficializada recentemente, marcando o retorno da Fórmula 1 a um grid com 11 equipes e 22 carros. A fabricante norte-americana também está desenvolvendo sua própria unidade de potência para estrear em 2028, se juntando a nomes como Mercedes, Ferrari, Red Bull, Honda e Audi.

Embora o novo cenário implique na divisão dos prêmios entre mais uma equipe, os dirigentes garantem que o impacto foi amenizado por acordos comerciais bem definidos. O novo Pacto de Concórdia, que entra em vigor em 2026, prevê um valor de antidiluição de US$ 600 milhões, e a Cadillac concordou em pagar US$ 450 milhões para fazer parte da categoria.

Christian Horner, chefe da Red Bull, avaliou de forma positiva o ingresso da General Motors no grid. “A GM é uma marca gigante”, afirmou. “Se fosse qualquer outro grupo, talvez houvesse mais resistência, mas o fato de termos GM contra Ford na Fórmula 1 é empolgante”.

Fórmula 1: Chefes de equipe aprovam chegada da Cadillac em 2026
Foto: Divulgação / GM

Horner também reconheceu que o bônus de entrada da nova equipe ajudou a amenizar qualquer preocupação. “Todos nós recebemos um presente de Natal antecipado com a taxa de entrada, então isso compensa no curto prazo. A chegada de uma marca como a GM só mostra o quanto a Fórmula 1 se fortaleceu. Há cinco ou seis anos, seria impensável imaginar Ford e GM no grid”, completou.

Zak Brown, CEO da McLaren, compartilha da mesma visão. Para ele, a chegada da Cadillac é mais um indicativo da boa fase da categoria.

“É algo emocionante para os fãs — novas equipes, novos circuitos, novas unidades de potência, novos pilotos. A Fórmula 1 vive um momento em que todos querem fazer parte”, disse. “Cinco anos atrás, lutávamos para manter equipes no grid. Agora, temos empresas disputando um lugar. Isso mostra o trabalho bem-feito da F1, do Stefano Domenicali e da Liberty Media.”

O dirigente americano acredita que a nova equipe enfrentará desafios, mas será uma adição bem-vinda. “Fórmula 1 é um grande desafio, mas será emocionante para o esporte. É mais uma demonstração da força que a categoria atingiu.”

Já Oliver Oakes, chefe da Alpine, reforçou que o impacto financeiro está sob controle e elogiou o prestígio da marca. “É uma ótima adição. É mais uma narrativa interessante para 2026, com a mudança de regulamento. E tenho certeza de que há diretores financeiros sorrindo agora ao olhar seus extratos bancários. Está tudo certo.”

A chegada da Cadillac também marca um novo momento para o equilíbrio político e comercial da Fórmula 1. A taxa de entrada mais elevada, somada à nova estrutura do Pacto de Concórdia, busca proteger os interesses das equipes atuais ao mesmo tempo em que promove a expansão do grid com parceiros estratégicos de alto nível.

Com o anúncio, a F1 se prepara para um cenário promissor a partir de 2026, reforçando sua presença no mercado norte-americano e impulsionando o crescimento global da categoria. E se depender dos chefes de equipe, a nova era já começa bem-vinda.

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