Alex Albon demonstrou apoio às propostas de alteração no circuito de Mônaco feitas por Alexander Wurz, ex-piloto de Fórmula 1 e atual presidente da Associação dos Pilotos (GPDA). Em entrevista antes do GP da Espanha, o piloto da Williams descreveu as sugestões de Wurz como sensatas e apresentou suas próprias ideias para aumentar as chances de ultrapassagem no tradicional traçado de Monte Carlo.
Wurz, por meio de sua empresa de design de circuitos, divulgou um vídeo nas redes sociais com sugestões para melhorar as corridas em Mônaco, que em 2025 contou com a adoção de uma regra de duas paradas obrigatórias, sem grande sucesso. Entre as propostas, está o prolongamento da reta que antecede a chicane Nouvelle, uma mudança pensada para criar novas possibilidades de ultrapassagem.
Albon endossou a ideia e também apontou pontos que poderiam ser revistos: “Acho que são propostas muito sensatas”, disse ele. “Não sei como é a situação na curva 1 em relação a prédios e zebras, mas ali há um desvio. A parede externa fecha bastante a curva, que poderia ser mais larga se o traçado fosse paralelo.”
O piloto britânico-tailandês também explicou por que acredita que a mudança na chicane faria diferença: “Parte do problema é que frear ali é em descida e há muitas ondulações. É difícil ter confiança para frear tarde e tentar a ultrapassagem. Se o ponto de frenagem fosse em trecho plano, daria mais segurança aos pilotos para arriscar”, acrescentou.
Além disso, Albon sugeriu uma ideia ousada, permitir que os pilotos controlem manualmente o uso do DRS dentro do túnel e na curva 1, como já aconteceu em pistas como China e Japão. “Se fosse possível usar o DRS no túnel e desligar manualmente na curva, isso também ajudaria. É algo que poderíamos testar ou, pelo menos, discutir”, completou o piloto da Williams.
Com as críticas ao formato da corrida em 2025 e a falta de ação em pista, as propostas de Wurz e os complementos de Albon somam-se a um debate crescente dentro da Fórmula 1 sobre a necessidade de modernizar o traçado monegasco sem abrir mão de sua tradição.