O chefe da Sauber, que passará a ser Audi a partir de 2026, Jonathan Wheatley, assegurou que o projeto da montadora para sua estreia na Fórmula 1 no próximo ano segue dentro do cronograma, apesar dos rumores de que o novo motor estaria com potência inferior aos concorrentes. Nos últimos dias, surgiram relatos de que a unidade de potência da Audi estaria até 31 cavalos de potência atrás da Mercedes, mas Wheatley minimizou as especulações e afirmou que tudo está progredindo conforme o planejado.
Wheatley falou ao F1.com: “O motor está na fase final de desenvolvimento, e estamos focando na confiabilidade. O chassi também está dentro do prazo. No momento, estamos no ponto de realizar o primeiro ‘fire-up’ do conjunto, o que é uma ótima notícia. Será a primeira vez que um carro, motor e chassi da Audi se unem. Estou extremamente animado com isso”, afirmou.
A Audi será um dos cinco fornecedores de unidades de potência na Fórmula 1 a partir de 2026, ao lado de Mercedes, Ferrari, Honda e Red Bull Powertrains-Ford. Segundo informações vindas da Itália, o motor alemão estaria atingindo entre 540 e 550 cv, enquanto a Mercedes já teria alcançado cerca de 571 cv com sua versão para o novo regulamento.
Mesmo assim, Wheatley afirmou que é cedo para tirar conclusões sobre o equilíbrio entre as fabricantes e rejeitou comparações com o domínio da Mercedes em 2014, quando o regulamento híbrido entrou em vigor: “Lembro de 2014, quando um fabricante (Mercedes) se destacou muito. Mas olhem para o campeonato atual, é incrivelmente equilibrado. Acho prematuro fazer previsões agora”, disse ele.
O dirigente reconheceu, no entanto, o tamanho do desafio que a Audi enfrenta: “É uma tarefa enorme, especialmente por estarmos desenvolvendo chassi e motor ao mesmo tempo. Estamos construindo a equipe, expandindo as operações e enfrentando a maior mudança técnica da minha carreira. É um desafio fantástico e empolgante”.
Wheatley, que assumiu o comando da estrutura da Sauber no início deste ano, destacou também o trabalho intenso para adaptar a equipe à nova fase: “O maior desafio tem sido entender profundamente a equipe e implementar mudanças positivas no momento certo. Há uma lista enorme de tarefas, e é impossível fazer tudo de uma vez”, acrescentou.
Apesar das dificuldades, o chefe da Audi reforçou o otimismo para o futuro: “Estamos mudando a narrativa, criando a equipe Audi de Fórmula 1. É um período muito animador, e mal posso esperar para ver esse projeto ganhar vida na pista”, finalizou Wheatley.
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