O ex-piloto de Fórmula 1 e campeão de 1997, Jacques Villeneuve, saiu em defesa da Alpine após a equipe optar por retirar Jack Doohan da vaga de titular ao lado de Pierre Gasly pelas próximas cinco etapas da temporada. A decisão abriu espaço para o argentino Franco Colapinto, que agora será avaliado pela equipe.
Apesar das críticas de alguns pilotos da F1, que consideram que Doohan merecia mais tempo para se adaptar, especialmente após superado Gasly na sessão de classificação em Miami, o canadense aredita que a troca já estava anunciada.
Villeneuve afirmou: “A verdade é que isso já estava desenhado, infelizmente. Doohan não fez o suficiente, não entregou o que era necessário”, disse ele à Sky Sports F1. “Se fosse no futebol, ele teria sido colocado no banco, e é isso. Aqui é Fórmula 1, você precisa ser rápido e oferecer algo à equipe. Ele não trouxe resultados, nem patrocinadores.”
Quem também opinou sobre a troca foi Jamie Chadwick, campeã de três temporadas da W Series. Para ela, a mudança foi difícil, mas compreensível, considerando o desempenho de Colapinto.
“Eu fiquei impressionada com Jack nas primeiras corridas, principalmente por ele ser um estreante completo. Mas para manter a vaga diante de alguém como Colapinto, que no ano passado já mostrou muito potencial, ele teria que fazer algo extraordinário”, afirmou Chadwick. “A verdade é que essa troca era inevitável. Se a equipe ia mesmo fazer isso, melhor arrancar o curativo de uma vez e dar essas corridas ao Franco. Não acho que seja uma decisão ruim”, disse ela.
Chadwick ainda comparou a postura da Alpine com a de outras equipes, como a Mercedes. “É muito duro para o Jack, que não teve a chance de mostrar do que é capaz. Se compararmos com a forma como novatos são tratados na Mercedes, por exemplo, onde há muito mais proteção, vemos uma abordagem bem diferente”, completou.