O piloto da Red Bull, Max Verstappen, não poupou críticas ao calendário da Fórmula 1 para a temporada 2024, afirmando que o mesmo não é ‘muito sustentável para as emissões (de carbono) e nem para o corpo humano’.
Com a chegada da F1 a Abu Dhabi para a final da temporada 2023 neste próximo final de semana, após o GP de Las Vegas no último sábado a noite, Verstappen expressou suas preocupações com a fadiga e o jet lag resultantes de uma temporada recorde de 22 corridas este ano. O holandês destacou que, para 2024, mais duas corridas serão adicionadas ao calendário, incluindo uma rodada tripla com Las Vegas, Catar e Abu Dhabi para encerrar o ano.
“É um pouco difícil entender em qual fuso horário estamos”, afirmou Verstappen. “Acho que o que ajuda aqui é que tudo é um pouco mais tarde, tentamos ter uma boa noite de sono e tudo mais. Mas definitivamente, para o futuro, claro que para o próximo ano não é possível, mas é um pouco estranho estarmos praticamente do outro lado do mundo antes de chegar aqui (Abu Dhabi).”
Além das preocupações com as emissões de carbono, Verstappen levantou a questão da sustentabilidade para o corpo humano, afirmando que embora os pilotos lidem com isso, não é algo muito bom.
Embora haja esforços para agrupar corridas geograficamente no calendário de 2024, Verstappen insta a F1 a fazer mais para melhorar a programação: “Vamos conversar com a F1 sobre isso, se há algo que podemos fazer para o futuro para tornar o final do ano um pouco mais normal. Porque já são muitas corridas, muitas viagens no final, principalmente depois das férias no meio do ano. Acho que podemos fazer um trabalho um pouco melhor com o agendamento dos GPs. Mas já para o próximo ano, acho que estão fazendo isso no início do ano, então já irá ajudar”, acrescentou o holandês.
Sergio Perez, companheiro de equipe de Verstappen, também expressou preocupações, não apenas para os pilotos, mas também para os mecânicos, destacando a intensidade e a eficiência do atual calendário da F1. Perez destacou a importância de manter a qualidade sobre a quantidade, e considerar o bem-estar de todos no esporte.
“Eu acho que temos que garantir que continuemos entregando e que não façamos muitas corridas apenas pelo simples fato de fazê-las”, disse Perez. “A qualidade ainda é muito importante no esporte para garantir que continuemos nessa trajetória ascendente. Vamos elevar o nível para ver o que pode ser feito”, encerrou o mexicano.
O debate sobre a extensão do calendário da F1 e seus impactos na saúde dos envolvidos continua, com os pilotos expressando a necessidade de uma abordagem mais cuidadosa em relação ao agendamento das corridas.