Fred Vasseur, chefe da Ferrari, reconheceu que as atualizações previstas para o SF-25, não serão suficientes para aproximar a equipe da briga pelas primeiras posições na Fórmula 1 em 2025. A declaração veio após um sábado decepcionante no GP da Emília-Romanha, em Ímola, onde os dois carros da equipe foram eliminados ainda no Q2.
Sem representantes no Q3 em sua corrida em casa, a Ferrari amargou um de seus piores desempenhos recentes. Charles Leclerc e Lewis Hamilton não conseguiram melhorar suas voltas com o segundo jogo de pneus no Q2, e acabaram fora da última parte da sessão de classificação, largando em 11º e 12º, respectivamente neste domingo. O britânico chamou esse resultado de ‘devastador’.
“É quase um repeteco do que aconteceu há duas semanas em Miami”, disse Vasseur à Sky Sports italiana. “Não conseguimos melhorar com o segundo jogo de pneus. Nossa melhor volta veio com o primeiro jogo no Q2.”
O dirigente francês destacou que a performance da equipe não foi completamente ruim, mas a incapacidade de aproveitar os pneus novos foi determinante. “O ritmo era decente, porque no primeiro stint estávamos em quinto e sexto com pneus usados. Mas com os novos, não conseguimos melhorar, enquanto os outros baixaram três ou quatro décimos”, disse ele.
Apesar de reconhecer que o SF-25 não tem o potencial necessário para brigar na frente, Vasseur acredita que a Ferrari também falhou na execução do trabalho. “Hoje foi 50% problema de execução e 50% de potencial. Se tivéssemos feito tudo certo, terminaríamos em quarto e quinto. O carro não entregou o que podia com os pneus novos, e isso nos custou posições”, acrescentou.
Vasseur reforçou que a resolução das falhas da Ferrari vai além de introduzir novas peças no carro. “Quando falamos de atualizações, estamos lidando com décimos ou centésimos. Com os pneus, por outro lado, é possível ganhar até meio segundo. Talvez o caminho esteja mais por aí, precisamos entender melhor como tirar mais deles”, completou o francês.