Yuki Tsunoda cobrou uma postura da Fórmula 1 diante dos ataques racistas que sofreu nas redes sociais após um incidente com Franco Colapinto durante o primeiro treino livre para o GP da Emília-Romanha de Fórmula 1, na última sexta-feira. O piloto da Red Bull Racing foi alvo de ofensas em espanhol, vindas de supostos torcedores do piloto argentino, que estreou como titular com a Alpine.
O episódio aconteceu após Tsunoda demonstrar frustração ao ser atrapalhado por Colapinto em uma volta rápida. Após o treino, imagens mostraram o japonês gesticulando em direção ao rival, o que gerou repercussão entre os fãs do argentino.
Questionado após a sessão de classificação em Ímola, onde ambos foram eliminados no Q1, Tsunoda comentou a situação: “Eu ouvi sobre isso. Para ser honesto, acho que não é só comigo. Estão atacando todo mundo, inclusive o Jack (Doohan), que não fez nada de errado. Então é algo desnecessário.”
Ao relembrar o momento na pista, o japonês explicou: “É normal ficar frustrado quando se pega tráfego, e isso aconteceu comigo várias vezes. Acho que tenho o direito de expressar algo. Não falei nada de errado ou muito pesado. Só mostrei frustração, e foi isso.”
Tsunoda reforçou que entende o apoio dos torcedores a seus ídolos, mas pediu equilíbrio: “Sei que estão apoiando um piloto do próprio país, mas há um limite. Não é só comigo, também disseram coisas ao Doohan. É bom que tenham energia, mas deveriam canalizar de maneira melhor”, acrescentou.
Por fim, deixou claro que espera uma posição mais firme da categoria se os ataques persistirem: “Se continuar e piorar, em algum momento a F1 precisa se posicionar”, encerrou o piloto japonês.