Guenther Steiner, ex-chefe da Haas na Fórmula 1, afirmou que a Red Bull Racing teve um papel involuntário no domínio da McLaren no GP da Espanha. Para ele, as reclamações da Red Bull para a FIA sobre a flexibilidade das asas dianteiras da McLaren, acabaram beneficiando diretamente a equipe britânica, que venceu a etapa com Oscar Piastri de forma dominante.
Nos últimos tempos, a flexibilidade das asas tem sido alvo constante de discussões técnicas na F1. No ano passado, a FIA reagiu rapidamente a um suposto ‘mini-DRS’ presente em alguns carros, mas as medidas regulatórias contra a flexibilidade da asa dianteira só foram implementadas nesta temporada, a partir da nona etapa, em Barcelona.
Steiner comentou o assunto no podcast Red Flags, destacando que a McLaren encontrou uma solução simples e eficaz para se adequar à nova regulamentação. “Li em algum lugar que a McLaren apenas colocou um suporte adicional na asa para que ela não dobrasse tanto. Foi uma correção muito barata para diminuir a flexibilidade, e isso surgiu das reclamações de outras equipes.”
Segundo ele, as queixas não surtiram o efeito esperado. “Reclamaram, mas o que ganharam com isso? Nada. Acabaram dando mais vantagem à McLaren. Ao tentar freá-los, os tornaram mais rápidos.”
A Red Bull é apontada como uma das principais equipes a questionar a legalidade do carro da McLaren desde o final do ano passado, o que gerou reações firmes tanto do CEO Zak Brown, quanto do chefe da equipe, Andrea Stella.
Mesmo com as novas restrições, Steiner acredita que a McLaren soube se adaptar com eficiência. “Eles sabem exatamente o que precisam fazer. Se perdem o efeito da asa flexível, vão ao túnel de vento e buscam reproduzir o mesmo equilíbrio. Talvez não consigam 100%, mas chegam a 99,8%”, encerrou o ex-dirigente.