A Mercedes revelou estar trabalhando a todo vapor para ter atualizações sem precedentes ao seu carro de Fórmula 1, com o objetivo de brigar por vitórias de forma mais consistente ainda este ano.
O GP da Áustria marcou a volta da equipe alemã ao topo do pódio, com a vitória de George Russell. O triunfo encerrou uma seca que durava desde o GP de São Paulo em 2022, quando o próprio Russell venceu.
A Mercedes enfrentou um início de temporada 2024 turbulento. O W15, completamente diferente de seu antecessor, se mostrou imprevisível e impediu a equipe de acompanhar o ritmo dos rivais.
No entanto, um plano de desenvolvimento agressivo colocou a Mercedes de volta na briga. A vitória de Russell é prova disso.
Toto Wolff, chefe da equipe, reconheceu que a Mercedes se beneficiou do toque entre Lando Norris e Max Verstappen nas voltas finais. Russell estava treze segundos atrás da liderança na hora da colisão.
“Em ritmo puro, éramos o terceiro carro mais rápido”, afirmou Wolff. “Mas estamos assim há três finais de semana, e é muito animador ver essa tendência de melhora e consolidação.”
“Corridas acontecem no domingo. Às vezes levamos a pior, e hoje nos beneficiamos do incidente na liderança. É bom ter conquistado uma vitória este ano. Isso significa que temos quatro equipes diferentes vencendo, e a última vez que isso aconteceu foi em 2011”, acrescentou.
Wolff elogiou o extenso trabalho realizado na fábrica de Brackley para recolocar a Mercedes em condições de brigar pelo campeonato. O dirigente revelou que a equipe nunca introduziu tantas novidades em um curto espaço de tempo, e isso o deixa confiante na capacidade de diminuir a diferença para os líderes.
“Estamos trazendo upgrades para quase todas as corridas agora”, disse Wolff. “A fábrica está trabalhando a todo vapor. Nunca, em doze anos, conseguimos desenvolver, projetar, fabricar, trazer para a pista e manter a qualidade das peças nesse ritmo. É impressionante. Todas as corridas teremos atualizações. Espero que até as férias possamos dar outro passo à frente. Sabemos que nossos adversários também estão trabalhando duro, mas se conseguirmos reduzir um pouco a diferença… Eram 15 segundos em 70 voltas, então 0.2 por volta… isso nos daria um terceiro lugar, e se cortarmos isso pela metade, poderemos brigar pela liderança”, finalizou o chefe da Mercedes.