Assim como ocorreu com Charles Leclerc no Canadá, Lewis Hamilton também demonstrou insatisfação com a estratégia adotada pela Ferrari no GP da Áustria de Fórmula 1. Durante a corrida em Spielberg, todos os pilotos da frente optaram por uma tática de duas paradas, e Hamilton foi chamado aos boxes na volta 51, pouco depois de Leclerc trocar os pneus.
Pelo rádio, o britânico se mostrou relutante: “Meu ritmo está realmente ruim? Porque os pneus estão bem”, questionou. O engenheiro de corrida, Riccardo Adami, respondeu que, para a ‘corrida ideal’, a parada era necessária. Ainda assim, Hamilton insistiu: “Posso estender? Faltam quantas voltas?”. Ao saber que restavam cerca de vinte voltas, reforçou: “Não quero parar, vinte voltas, né?”. Mesmo com a resistência, ele acabou obedecendo a ordem e realizou o pit stop.
Após a prova, Jerome d’Ambrosio, vice-chefe da equipe Ferrari e substituto de Frederic Vasseur no último final de semana, explicou a decisão: “Foi mais uma questão de ajuste, de esperar mais algumas voltas. Mas no fim, não foi nada fora do comum. O que tentamos fazer como equipe foi otimizar o tempo de corrida, e é isso que fizemos com os dois pilotos”, afirmou o ex-piloto de F1.

Segundo D’Ambrosio, a situação de pista influenciou diretamente na escolha da equipe: “Sinceramente, não havia motivação para tentar algo diferente. As McLarens estavam claramente à frente e George (Russell) bastante atrás. Estávamos entre eles com os dois carros, então seguimos com uma estratégia padrão ideal, a mais direta.”
O belga reconheceu que a dúvida de Hamilton é natural em quem está ao volante: “Do ponto de vista do piloto, é normal questionar: ‘É o melhor? Podemos fazer algo diferente?’. Eles são pilotos de Fórmula 1, é o que devem fazer. Acabei de ver Lewis agora e, olhando os números, era isso que fazia sentido”, finalizou D’Ambrosio.