F1: Pilotos da categoria falam sobre troca Lawson-Tsunoda

A troca de pilotos na Red Bull Racing após apenas dois GPs na temporada 2025 da Fórmula 1, que levou Yuki Tsunoda ao lugar de Liam Lawson a partir do GP do Japão neste final de semana, dominou as conversas no paddock da categoria em Suzuka. A decisão, anunciada apenas quatro dias após o GP da China, gerou reações diversas entre os pilotos.

Max Verstappen, agora companheiro de equipe de Tsunoda, afirmou que o japonês precisa ‘descobrir as coisas por si mesmo’, minimizando sua influência na adaptação do novo colega. “No fim das contas, não cabe a mim. Ele tem que descobrir por si mesmo, porque minha experiência pode não ser a dele”, disse Verstappen.

Isack Hadjar, que agora divide a equipe Racing Bulls com Lawson, destacou a pressão por desempenho na família Red Bull. “Na família Red Bull, tudo se resume a desempenho. Quem está performando no momento tem a maior chance de conseguir a vaga na Red Bull ao lado de Max. Acho que isso é muito claro e óbvio. E então, quando você não performa mais ou está com dificuldades, fica mais difícil”, afirmou Hadjar.

Pilotos de outras equipes também comentaram a troca. Lewis Hamilton da Ferrari, defendeu Lawson, considerando a decisão ‘muito dura’. “Não me surpreende ver a Red Bull fazer uma mudança tão cedo. Ambos são ótimos pilotos. Acho que temos muitos pilotos realmente ótimos aqui, e principalmente jovens e talentosos. Acho que há naturalmente muita pressão sobre os jovens que chegam, e acho que não há como dominar totalmente um carro que é conhecido por não ser o carro mais fácil de pilotar. Dar a ele apenas duas corridas foi muito duro”, declarou Hamilton.

Oscar Piastri da McLaren concordou com Hamilton, afirmando que os resultados de Lawson na Austrália e na China não refletem seu talento. “Não cabe a mim comentar. Acho que o que vimos de Liam nas duas primeiras corridas não é um reflexo de seu talento. Corri contra Liam por vários anos (nas categorias de base), e acho que ele é um piloto incrivelmente competitivo. Não acho que os resultados que ele mostrou nas duas primeiras etapas sejam indicativos do que ele é capaz”, disse Piastri.

Carlos Sainz, ex-piloto da família Red Bull e atualmente na Williams, falou sobre a decisão sobre Lawson e a natureza ‘injusta’ disso. “Acho que é a vida dura da Fórmula 1. Acho que não é nada novo ou nada que não tenhamos visto antes. Infelizmente, nesse esporte, só contam as duas ou três últimas corridas que você faz. Você pode fazer uma boa corrida, e então tudo muda, e a percepção de todos muda completamente. E pode ser o mesmo para mim. Tenho um bom fim de semana aqui, e ninguém se lembra das duas primeiras corridas e de como elas foram. Então, é apenas um esporte difícil, provavelmente na Red Bull é ainda mais difícil, por causa da maneira como o programa de pilotos deles está sendo executado e de como funciona, mas não é nada de novo. Quando você está lá, sabe que é isso que está esperando por você”, acrescentou.

Alex Albon, companheiro de equipe de Sainz na Williams e também ex-piloto da Red Bull, compartilhou sua experiência com a equipe e expressou confiança na recuperação de Lawson. “Ele tem uma oportunidade muito boa agora de voltar para um carro com o qual se sente confortável, e ele tem uma história muito boa para contar. Vejo isso mais como uma oportunidade. Quão incrível seria para ele chegar a este fim de semana (no Japão), entregar um ótimo resultado e se colocar de volta no mapa?”, concluiu Albon.

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