F1: Piloto australiano é acusado de estuprar enfermeira de Schumacher

Um piloto australiano está sendo acusado de estuprar uma enfermeira que faz parte da equipe responsável pelos cuidados médicos de Michael Schumacher, ex-piloto de Fórmula 1. O caso teria ocorrido em 2019, na residência da família Schumacher, em Gland, na Suíça. As informações foram publicadas pelo jornal suíço 24 Heures.

Segundo o jornal, o piloto — que não teve o nome divulgado — era próximo de Mick Schumacher, filho do heptacampeão, e estava hospedado na casa da família quando o crime teria ocorrido. A vítima é uma mulher de 30 anos que integra a equipe de cuidadores de Schumacher desde que ele sofreu o grave acidente de esqui em 2013.

A denúncia não envolve nenhum membro da família Schumacher, mas descreve que o suspeito teria ido até o quarto da enfermeira depois de uma noite de bebedeira. A publicação relata que ele teria retornado ao local duas vezes para abusar da mulher, depois que ela foi colocada na cama com ajuda de um fisioterapeuta.

O piloto em questão tem cerca de 30 anos, tentou ingressar na Fórmula 1 antes de 2019, mas não teve sucesso e atualmente está afastado das pistas por doping. Apesar de não ser um nome de destaque no automobilismo, ele já apareceu publicamente ao lado de Mick Schumacher em eventos de gala e posou para fotógrafos.

De acordo com a reportagem, tudo começou em uma noite em que a enfermeira, o piloto e outros dois funcionários da casa jogavam sinuca e consumiam bebidas alcoólicas à base de vodca. Em determinado momento, a vítima começou a passar mal e precisou ser levada ao quarto, onde foi colocada na cama pelo fisioterapeuta e pelo próprio acusado.

Após o profissional de saúde deixar o local, o piloto teria voltado e cometido o abuso. No dia seguinte, a enfermeira confrontou o homem por mensagens de texto, e ele teria confessado. Essas mensagens foram anexadas ao processo como provas.

A mulher demorou dois anos para apresentar a denúncia formal, temendo perder o emprego e sofrer retaliações. O julgamento estava marcado para esta quarta-feira, 15 de outubro, às 9h no horário local. Segundo 24 Heures, porém, há incertezas sobre a realização da audiência, já que o acusado não dá sinais de vida há meses.

A defesa do piloto afirma que ele e a enfermeira mantinham um relacionamento casual, o que ela nega categoricamente. A Justiça suíça considera o caso grave, dado que envolve um profissional de saúde responsável pelo cuidado de Schumacher e uma pessoa do círculo próximo da família.

Michael Schumacher vive desde 2013 sob cuidados intensivos após sofrer uma lesão cerebral grave em um acidente de esqui nos Alpes franceses. Desde então, a família mantém total sigilo sobre seu estado de saúde, e apenas um número muito restrito de pessoas tem acesso à sua residência.

Este caso chocou os bastidores do automobilismo e reacendeu discussões sobre segurança de equipes médicas e profissionais que trabalham em residências particulares de personalidades públicas. A Justiça suíça segue com a investigação, e novas informações sobre o processo podem surgir nos próximos dias.



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